"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 17 de setembro de 2012

PROPOSTA INDECENTE ALTERA LEI ORGÂNICA E PERMITE QUE AGU NOMEIE SEM CONCURSO




Em tempo de crescimento da terceirização e de progressivo aparelhamento da máquina administrativa, através dos mais criativos artifícios, o governo acaba de enviar
ao Congresso Nacional projeto de lei complementar alterando a Lei Orgânica da Advocacia-Geral da União (AGU).



A proposta limita a ação dos advogados e procuradores da AGU e permite a nomeação de pessoas de fora da carreira, não concursadas, para ocuparem cargos no órgão. Pela proposta, elas serão consideradas integrantes da carreira, com todas as prerrogativas.

Hoje, somente o advogado-geral da União pode ser de fora do quadro da AGU. Os demais postos são exclusivos de servidores, incluindo o procurador-geral da União e o consultor-geral.

A AGU tem 7.481 integrantes entre advogados da União, procuradores federais e procuradores da Fazenda Nacional.

O presidente da Associação Nacional dos Advogados da União (Anauni), Marcos Luiz Silva, afirmou que a categoria critica a mudança. Além de se queixar de não ter participado das discussões sobre o anteprojeto, que vem sendo elaborado desde a gestão de Antonio Dias Toffoli na AGU, vejam só que coincidência, a associação afirma que a proposta é “autoritária”, “retrógrada” e visa “ao aparelhamento da instituição”.

Por que esse governo não acaba logo com os concursos públicos e privatiza os empregos, só para nomear parentes, amigos e correligionários que não conseguem passar nas provas, como o jurista Dias Toffoli? Seria uma atitude mais coerente e honesta.

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