Já era esperada a reportagem da “Veja” dando detalhes do novo depoimento do empresário Marcos Valério ao Ministério Público Federal. É claro que a revista está guardando munição para gastar na hora certa. E os primeiros detalhes agora revelados confirmam o envolvimento do PT no assassinato do prefeito petista de Santo André, Celso Daniel, em janeiro de 2002.
Celso Daniel, arquivo morto
Segundo a reportagem, Valério disse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, estavam sendo extorquidos por figuras ligadas ao crime de Santo André.
E apontou que Ronan Maria Pinto, que é apontado pelo Ministério Público como integrante de um esquema de cobrança de propina na prefeitura, seria um dos suspeitos de chantagear Lula e Carvalho, que foi secretário de governo em Santo André. Outro detalhe: o prefeito petista Celso Daniel era casado com a atual ministra do Planejamento, Miriam Belchior.
Valério teria negado, segundo a reportagem da Veja. E acrescentou: “Eles achavam que [o pagamento] ia ser através de mim, eu falei assim: ‘Nisso aí eu não me meto, não’”.
Segundo o Ministério Público de São Paulo, durante a gestão do ex-prefeito petista Celso Daniel na prefeitura de Santo André, foi montado um esquema de desvio de recursos públicos.
O dinheiro estava sendo estocado a pretexto de financiar campanhas políticas do PT. Divergências em relação ao esquema teriam levado o empresário Sergio Gomes da Silva, amigo de Daniel, a encomendar o assassinato do então prefeito.
Segundo a “Veja”, apesar da negativa de Valério, o chantagista Ronan acabou sendo pago por um “amigo pessoal de Lula”, por meio de um banco “que não faz parte do mensalão”. Ou seja, não foi o Rural nem o BMG.
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DELAÇÃO PREMIADA
O depoimento de Valério à Procuradoria foi dado na tentativa de conseguir uma delação premiada, mecanismo jurídico no qual alguém que é investigado pode se beneficiar colaborando com a Justiça.
Esse depoimento, segundo o jornal “O Estado de S. Paulo”, foi dado no fim de setembro. Nele, Valério teria citado Lula e o ex-ministro Antonio Palocci.
Segundo o jornal, o empresário mencionou outras remessas de recursos para o exterior, além das que foram feitas para o publicitário Duda Mendonça, que trabalhou na campanha de Lula em 2002 e foi absolvido pelo Supremo no processo do mensalão.
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OKAMOTO ENTENDE VALÉRIO…
A cúpula do PT procurou desqualificar o novo depoimento que o empresário Marcos Valério teria prestado à Procuradoria-Geral da República sobre o esquema. Saindo em defesa de Lula, os petistas disseram que Valério está tentando se livrar da pena imposta pelo STF e por isso não merece credibilidade.
Segundo a Folha de S. Paulo, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, disse duvidar que Valério tenha algo a acrescentar ao que já foi dito no julgamento do mensalão e ironizou o novo depoimento: “Se eu fosse condenado a 40 anos de prisão também estaria me mexendo”.
Mas o certo é que, se Valério seguir “se mexendo”, pode balançar a República. Como no célebre filme de Hitchcock, o publicitário mineiro é hoje “o homem que sabia demais”.
Celso Daniel, arquivo morto
Segundo a reportagem, Valério disse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, estavam sendo extorquidos por figuras ligadas ao crime de Santo André.
E apontou que Ronan Maria Pinto, que é apontado pelo Ministério Público como integrante de um esquema de cobrança de propina na prefeitura, seria um dos suspeitos de chantagear Lula e Carvalho, que foi secretário de governo em Santo André. Outro detalhe: o prefeito petista Celso Daniel era casado com a atual ministra do Planejamento, Miriam Belchior.
Valério teria negado, segundo a reportagem da Veja. E acrescentou: “Eles achavam que [o pagamento] ia ser através de mim, eu falei assim: ‘Nisso aí eu não me meto, não’”.
Segundo o Ministério Público de São Paulo, durante a gestão do ex-prefeito petista Celso Daniel na prefeitura de Santo André, foi montado um esquema de desvio de recursos públicos.
O dinheiro estava sendo estocado a pretexto de financiar campanhas políticas do PT. Divergências em relação ao esquema teriam levado o empresário Sergio Gomes da Silva, amigo de Daniel, a encomendar o assassinato do então prefeito.
Segundo a “Veja”, apesar da negativa de Valério, o chantagista Ronan acabou sendo pago por um “amigo pessoal de Lula”, por meio de um banco “que não faz parte do mensalão”. Ou seja, não foi o Rural nem o BMG.
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DELAÇÃO PREMIADA
O depoimento de Valério à Procuradoria foi dado na tentativa de conseguir uma delação premiada, mecanismo jurídico no qual alguém que é investigado pode se beneficiar colaborando com a Justiça.
Esse depoimento, segundo o jornal “O Estado de S. Paulo”, foi dado no fim de setembro. Nele, Valério teria citado Lula e o ex-ministro Antonio Palocci.
Segundo o jornal, o empresário mencionou outras remessas de recursos para o exterior, além das que foram feitas para o publicitário Duda Mendonça, que trabalhou na campanha de Lula em 2002 e foi absolvido pelo Supremo no processo do mensalão.
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OKAMOTO ENTENDE VALÉRIO…
A cúpula do PT procurou desqualificar o novo depoimento que o empresário Marcos Valério teria prestado à Procuradoria-Geral da República sobre o esquema. Saindo em defesa de Lula, os petistas disseram que Valério está tentando se livrar da pena imposta pelo STF e por isso não merece credibilidade.
Segundo a Folha de S. Paulo, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, disse duvidar que Valério tenha algo a acrescentar ao que já foi dito no julgamento do mensalão e ironizou o novo depoimento: “Se eu fosse condenado a 40 anos de prisão também estaria me mexendo”.
Mas o certo é que, se Valério seguir “se mexendo”, pode balançar a República. Como no célebre filme de Hitchcock, o publicitário mineiro é hoje “o homem que sabia demais”.
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