As novas trapalhadas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é claro, já cruzaram fronteiras e ganharam o mundo. Em Moscou, a presidente Dilma Rousseff tentou uma manobra para desviar atenções, alegando que foi o governo Lula que deu prerrogativas à Polícia Federal para investigar a corrupção, o que é não é bem verdade (ou seria "menas verdade", no antigo linguajar do ex-presidente).
O fato é que a situação está se complicando. O publicitário Marcos Valério, operador do esquema do mensalão, quer mesmo colaborar com as investigações e pretende fazer novas declarações ao Ministério Público Federal, para obter redução da pena. Alvo de ataques do PT desde que suas novas declarações foram divulgadas pelo jornal "O Estado de S. Paulo", Valério responsabiliza a Procuradoria pelo vazamento de seu conteúdo. "Quem passou foi a procuradoria. Saiu por lá", afirmou Valério à Folha.
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DELAÇÃO PREMIADA
Ao mesmo tempo, a defesa de Paulo Rodrigues Vieira, ex-diretor de Hidrologia da Agência Nacional das Águas (ANA) e um dos principais acusados na operação Porto Seguro da Polícia Federal, já procurou o Ministério Público Federal e mostrou interesse em realizar uma delação premiada.
Segundo a procuradora da República Suzana Fairbanks, o advogado de Vieira, Michel Darre, ligou para o gabinete dela e deixou um recado no qual dizia que poderia fazer o acordo de colaboração com a Justiça. Para ser aceita a delação premiada, é necessário um entendimento oficial entre o Ministério Público, o Judiciário e o réu colaborador, que deve apresentar novos fatos, envolvidos e provas.
Com isso, ficará cada vez mais delicada a posição de Rosemary Noronha, ex-chefe do Gabinete da Presidência da República em São Paulo, principal cúmplice de Vieira. Não é sem motivos, portanto, que o ex-presidente Lula tenha sumido, e a companheira Rose, também. Nenhum dos dois tem condições de encarar os jornalistas. Não há explicações a dar. E quanto mais o tempo passa, a situação vai se agravando.
Este é o quadro atual, com uma circunstância preocupante – a depressão progressiva da companheira Rosemary Noronha, já denunciada por vários crimes e com a família desmoronando, pois simultaneamente ela, o ex-marido, o atual e a filha perderam os empregos no governo. Em conseqüência de suas ligações com Lula, Rose era uma pessoa poderosa e influente. Hoje, não é mais nada. Resta saber até quando o comando do PT e a direção do Instituto Lula conseguirão mantê-la fora de cena.
17 de dezembro de 2012
Carlos Newton
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