A questão é que, se você pretende controlar os custos do Medicare, não pode fazer isso expulsando um pequeno número de aposentados relativamente jovens do programa; para controlar custos é preciso, e você sabe, controlar os custos.
A verdade é que sabemos muito bem como fazer isso – afinal, todo país avançado tem custos muito menores com a saúde do que nós, e mesmo dentro dos Estados Unidos, o VHA e até o Medicaid controlam muito melhor os custos do que o Medicare, e as empresas de seguro privado ainda mais.
O importante é que haja um sistema de seguro saúde que diga não ao pagamento de preços com ágio de remédios que não são tão bons assim e não ao pagamento por procedimentos médicos que trazem pouco ou nenhum benefício.
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REPUBLICANOS
Mas mesmo quando os republicanos demandam uma “reforma das dotações”, eles estão decididamente contra qualquer coisa desse tipo. Um acordo envolvendo o preço dos medicamentos? Horror! Um conselho consultivo independente? Um painel da morte!
Os republicanos se recusam até a considerar a adoção de sistemas que funcionaram em todo o mundo; a única solução que aprovariam é aquela que nunca funcionou em lugar nenhum, ou seja, transformar o Medicare num sistema de cupons mal subvencionados.
Portanto, não preste atenção quando dizem como detestam os déficits. Se fossem sérios com relação a este problema se mostrariam dispostos a analisar políticas que podem realmente funcionar; em vez disso, eles se aferram às fantasias do livre mercado que, repetidamente, fracassaram na prática.
05 de dezembro de 2012
Paul Krugman (Estadão)
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