Contribuição do Brasil à ONU vai aumentar 80%
País dará cerca de 157 milhões de dólares ao órgão, permitindo que nações como Grã-Bretanha, Alemanha, França e Japão reduzam ajuda
(Stan
Honda/AFP)
Brasil, China, Índia e
outros países emergentes aceitaram aumentar suas contribuições à Organização das
Nações Unidas (ONU) no âmbito de um novo acordo orçamentário para evitar que o
organismo mundial caia em seu próprio abismo fiscal.
A medida permitirá que
nações europeias, como Grã-Bretanha, Alemanha e França, além de Japão, reduzam
suas próprias contribuições.
Embora as quantidades
não sejam muito significativas em comparação com os padrões globais – o
orçamento da ONU para o período 2012-2013 é de 5,4 bilhões de dólares –,
diplomatas estimam que a nova divisão é representativa das mudanças que estão
ocorrendo na economia mundial. O Brasil aceitou aumentar em 81% sua
contribuição, fazendo com que sua parcela no orçamento global do organismo salte
de 1,6% a 2,9%.
A China fornecerá 59%
adicionais, elevando sua parte no orçamento de 3,2% a 5,1%, superando o Canadá e
a Itália para se converter no sexto maior contribuinte da ONU. Os pagamentos da
Índia, por sua vez, crescerão 32%, de 0,5% para 0,66% do orçamento global,
enquanto os da Rússia subirão 52%.
A ONU manteve até agora peculiaridades, como o fato
de que a Grécia, que vive uma profunda depressão que a colocou à beira do
default, fornece mais dinheiro ao orçamento do organismo que a Índia, que busca
conquistar um assento permanente no Conselho de Segurança.
Os Estados Unidos
permanecem como o maior contribuinte ao financiamento da ONU, embora sua ajuda
tenha sido estabelecida em 22% do orçamento total quando seu PIB representa 24%
do PIB mundial.
(Com
agência AFP)
03 de janeiro de 2013
in blog do mario fortes
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