"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

ESTADOS UNIDOS JÁ SE PREPARAM PARA OS TEMPOS PÓS-HUGO CHÁVEZ


 
A turbulenta relação entre o governo de Hugo Chávez e os Estados Unidos podem mudar de figura caso o presidente venezuelano se veja obrigado a deixar o poder.

Segundo Andrés Oppenheimer, colunista do jornal “El Nuevo Herald”, de Miami, a diplomacia de Washington entrou em contato com o vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, já com a intenção de se preparar para tempos pós-Chávez, inclusive com a retomada da troca de embaixadores. E ontem, o Departamento de Estado pediu que uma eventual transição em Caracas ocorra de forma “constitucional”, com eleições “transparentes e democráticas”.

Mais cedo, o ministro de Ciência e Tecnologia e genro de Chávez, Jorge Arreaza, informou por meio do Twitter que, de acordo com as explicações dos médicos, o estado de saúde do presidente “continua estável dentro do seu quadro delicado”.
 
Também nesta quarta-feira, a oposição cobrou do governo venezuelano “toda a verdade” sobre a saúde do presidente.

De acordo com Oppenheimer, a conversa ocorreu no dia 21 de novembro e foi confirmada pela secretária assistente para o Hemisfério Ocidental, Roberta Jacobson, no mês passado. Incentivada pela secretária de Estado, Hillary Clinton, Roberta procurou Maduro, segundo Oppenheimer.

Por outro lado, partiu do vice venezuelano, segundo fontes do governo americano citadas pelo colunista, a ideia de avançar rumo à troca de embaixadores, aproveitando o início do segundo mandato do presidente americano, Barack Obama, este mês.
A secretária assistente teria então sugerido que tal medida fosse atingida depois de uma retomada gradual da profundidade nas relações diplomáticas. Segundo Oppenheimer, o primeiro passo desejado pelos Estados Unidos é a aceitação pela Venezuela de uma visita de integrantes da DEA, a agência antidrogas americana, para que seja elaborado um plano de cooperação no combate ao narcotráfico.
— Julgaremos nossa capacidade de melhorar a relação com a Venezuela com base nos passos que eles puderem adotar — disse ontem Victoria Nuland, porta-voz do Departamento de Estado americano.
As tensões entre os dois países ocorrem há pelo menos uma década. Em 2002, quando um golpe de Estado tentou derrubar Chávez, o presidente venezuelano acusou os EUA de estarem por trás. Medidas concretas vieram em 2008, quando Caracas expulsou o embaixador Patrick Duddy, sob a acusação de que o diplomata estaria participando de uma conspiração contra o governo chavista.
Em retaliação, Washington expulsou o embaixador venezuelano Bernardo Álvarez Herrera, que chegou a ser reaceito no posto pelo governo americano, mas depois teve o visto revogado em 2010, quando a Venezuela rejeitou a nomeação de Larry Palmer para o posto em Caracas. Os dois países, porém, mantêm suas respectivas embaixadas, lideradas por encarregados de negócios.
 
Do site do jornal O globo
LEER EN ESPAÑOL EL ARTICULO DE OPPENHEIMER 

Mientras que el anuncio de Venezuela de que el Presidente Hugo Chávez ha sufrido “nuevas complicaciones” en su batalla contra el cancer ha generado grandes titulares, hay otro hecho que ha pasado casi inadvertido en el drama venezolano: las conversaciones de alto nivel entre Estados Unidos y Venezuela en preparación de una posible era post-Chavista ya habrían comenzado.
Funcionarios estadounidenses bien enterados me dicen que Roberta S. Jacobson, la jefa de asuntos latinoamerianos del Departamento de Estado, sostuvo una prolongada conversación telefónica con el vicepresidente de Venezuela y heredero designado por Chávez, Nicolás Maduro, el 21 de noviembre, donde los dos hablaron de la posibilidad de restaurar sus respectivos embajadores.
Las conversaciones, que fueron alentadas por la secretaria de Estado, Hillary Clinton, comenzaron con un llamado estadounidense a la oficina de Maduro, preguntando si el vicepresidente aceptaría una llamada de Jacobson, dicen las fuentes. La respuesta fue positiva, y la conversación telefónica entre ambos altos funcionarios tuvo lugar poco después.

Cuando le pregunt a Jacobson si es cierto que habló con Maduro hace pocas semanas, Jacobson respondio: “Sí. Siempre estamos interesados en tener una relación más productiva con Venezuela, empezando por la lucha contra el narcotráfico, y para tener una relación más productiva uno tiene que hablar con la gente”.
 
Hacer CLICK AQUI para leer el artículo
 
03 de janeiro de 2013
in aluizio amorim

Nenhum comentário:

Postar um comentário