Internacional - Estados Unidos
1. Se seus partidários forem pegos comprando o Congresso, diga “eu não sabia de nada”, como Lula.
2. Se você e seus partidários forem pegos mentindo sobre um ataque terrorista, pergunte “Que diferença faz?”, como Hillary Clinton.
3. Em ambos os casos, diga que o mais importante não é apontar motivos nem culpados, mas fazer o possível para que isto não aconteça de novo.
O Manual do esquerdista para a hora do aperto vai ficando assim cada vez mais completo. Siga-o sempre, que a imprensa ainda ajuda você a se dar bem.
1.
Não que Hillary Clinton não tenha usado também o recurso lulista.
Em depoimento ao Senado, a secretária de Estado alegou não ter sido informada dos pedidos de reforço de segurança para o consulado em Benghazi, antes do ataque que matou 4 oficiais americanos.
Sabe como é, pessoal: havia ameaças “muito sérias” no Cairo, no Iêmen, na Tunísia... Quem se lembraria da Líbia numa hora dessa? Hillary não sabia de nada, porque estava ocupada demais salvando o resto do mundo.
Eu entendo. Em meus tempos de monitor de colônia de férias na região serrana do Rio, costumava brincar em segredo com os demais monitores: “A gente trouxe 220 crianças. Se levar de volta 219, está ótimo, não é? Quase 100% de aproveitamento.”
Nunca pensei que minha piada macabra se tornaria discurso oficial de uma secretária de Estado americana. Na colônia de férias do governo Obama, é justificável deixar até 4 para trás, desde que os outros sejam levados de volta.
É uma gente assim — como posso dizer? — muito bem-humorada.
2.
Não é por outro motivo que Hillary perguntou “Que diferença faz” se ela, Obama, Jay Carney e Susan Rice passaram semanas culpando pelo ataque um vídeo do Youtube crítico ao profeta Maomé.
Que diferença faz, ora bolas, se Hillary garantiu até para o pai do oficial Tyrone Woods, no próprio enterro deste, que o autor do vídeo (sim: do vídeo) seria preso e condenado, como de fato foi?
Que diferença faz se o governo Obama, sob o pretexto de derrubar Kadafi, armou e financiou os terroristas que agora fazem a festa no Norte da África, com direito a churrasquinho de americanos na laje do consulado em Benghazi?
Que diferença faz se esses americanos pediram em vão mais segurança, antes e durante o churrasco, para não entrarem no espeto?
Que diferença faz, afinal, se Obama, Hillary e demais “democratas” mentiram para o povo de seu país e do mundo, enquanto a reeleição do presidente estava em jogo?
Nós, monitores, também inventávamos um monte de histórias para as criancinhas pegarem no sono mais cedo...
3.
O Manual do esquerdista é claro:
Mesmo quando tiver que assumir a responsabilidade, jamais assuma a culpa.
Por isso mesmo, no fim das contas, eu traduziria assim o depoimento de Hillary:
“Eu assumo — no lugar de Obama — a responsabilidade de não ter sido informada de nada, enquanto salvava o mundo de ameaças muito sérias; e garanto ao povo americano e aos pais das 4 vítimas que farei de tudo não só para evitar novos ataques como para trazer à Justiça os responsáveis por aquele, pouco importando se são ou não os mesmos que, antes das eleições, Obama e eu lhes dissemos que eram. Para isso, precisamos de mais verbas.”
Que toda a imprensa ocidental chame tal coisa de assumir a responsabilidade, com toda a nobreza que o ato sugere, é mais uma prova de que o jornalismo se transformou em “copy and paste” de piada esquerdista.
Diariamente, essa gente não faz outra coisa senão rir de você.
Mas que diferença faz, não é mesmo?...
Nota de rodapé 1:
Agora, para ter arma nos EUA, todos serão submetidos a uma checagem de "background". Exatamente aquilo de que Barack Hussein Obama, para ter a maior arma de todas, a Presidência da República, foi e é rigorosamente dispensado.
Nota de rodapé 2:
Parabéns, Beyoncé, pela sutil homenagem a Barack Obama!
Na posse do presidente-teleprompter, nada mais justo que cantar o hino em playback.
26 de janeiro de 2013
Felipe Moura Brasil
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