CHILE - Parte 1 de 1
http://www.youtube.com/watch?v=vR_Y_QIbH6M&feature=player_embedded
Este programa está dividido em 1 partes:
Bem-vindos ao Observatório da Imprensa.
Como acaba uma ditadura militar? Com uma rebelião popular, com um confronto entre os donos do poder ou simples cansaço dos ditadores? Ditaduras acabam de várias formas, mas ao que consta só existe um caso em que uma sangrenta e implacável ditadura tenha sido derrubada por uma série de comerciais de TV, como aqueles que vendem refrigerantes ou sabonetes.
Pois foi este o caso da ditadura de Augusto Pinochet, no Chile, quando os facínoras, forçados pelas pressões internacionais, foram obrigados a fazer um plebiscito para saber se o povo queria continuar oprimido ou preferia a liberdade.
Surpreendentemente, ganhou o “não” – em espanhol “no” – título do filme que conta esta incrível façanha midiática e agora candidato ao Oscar na categoria de melhor filme estrangeiro.
Hoje o marketing transformou-se em ingrediente obrigatório de qualquer campanha política, mas em 1988, quando a Guerra Fria chegava ao auge, era impensável enfrentar a extrema direita militar com uma série de spots publicitários alegres, animados, esperançosos para contrastar com o cheiro de chumbo que imperava no Chile.
No momento em que a mídia tradicional oferece inconfundíveis sinais de fadiga e falta de inspiração, para este Observatório da Imprensa é extremamente alentador registrar a vitalidade do cinema saído diretamente da realidade.
22 de fevereiro de 2013
Alberto Dines
Como acaba uma ditadura militar? Com uma rebelião popular, com um confronto entre os donos do poder ou simples cansaço dos ditadores? Ditaduras acabam de várias formas, mas ao que consta só existe um caso em que uma sangrenta e implacável ditadura tenha sido derrubada por uma série de comerciais de TV, como aqueles que vendem refrigerantes ou sabonetes.
Pois foi este o caso da ditadura de Augusto Pinochet, no Chile, quando os facínoras, forçados pelas pressões internacionais, foram obrigados a fazer um plebiscito para saber se o povo queria continuar oprimido ou preferia a liberdade.
Surpreendentemente, ganhou o “não” – em espanhol “no” – título do filme que conta esta incrível façanha midiática e agora candidato ao Oscar na categoria de melhor filme estrangeiro.
Hoje o marketing transformou-se em ingrediente obrigatório de qualquer campanha política, mas em 1988, quando a Guerra Fria chegava ao auge, era impensável enfrentar a extrema direita militar com uma série de spots publicitários alegres, animados, esperançosos para contrastar com o cheiro de chumbo que imperava no Chile.
No momento em que a mídia tradicional oferece inconfundíveis sinais de fadiga e falta de inspiração, para este Observatório da Imprensa é extremamente alentador registrar a vitalidade do cinema saído diretamente da realidade.
22 de fevereiro de 2013
Alberto Dines
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