Artigos - Terrorismo
Ao envenenar as mentes das crianças em idade escolar, o Hamas está criando toda uma geração de palestinos para a glorificação dos homens-suicidas, a jihad e o terrorismo.
ONG’s ocidentais e a ONU mantém-se caladas diante do abuso.
Milhares de crianças palestinas em idade escolar têm recebido treinamento militar na Faixa de Gaza para prepará-las para a jihad (guerra santa) contra Israel.
De acordo com Mohamed Siam, um alto funcionário de um ministério do Hamas, cerca de 9 mil alunos de ensino médio já participaram dos 36 acampamentos em toda a Faixa de Gaza. Eles foram ensinados a usar vários tipos de armamentos e a manusear explosivos.
O Hamas diz que o propósito dos acampamentos é preparar as crianças palestinas, tanto militar quanto psicologicamente, para a "libertação da Palestina, desde o rio (Jordão) até o mar (Mediterrâneo)"; em outras palavras, todo o Israel.
Como alguém pode falar sobre a solução de dois Estados quando milhares de crianças palestinas estão sendo treinadas para usar armas e explosivos para substituir Israel por um Estado islâmico? Será que Mahmoud Abbas realmente crê que essas crianças em idade escolar aceitarão sua estratégia de paz com Israel? Estas são perguntas que o Ocidente deve fazer a si mesmo antes de pressionar novamente em relação a uma solução de dois Estados.
O treinamento está sendo realizado sob a supervisão do Ministério da Educação do governo do Hamas, e os acampamentos para treinamento receberam o nome de Al-Futuwwa (Cavalheirismo Espiritual
De acordo com a Wikipedia, Al-Futuwwa era o nome do movimento jovem pan-árabe fascista e nacionalista, ao estilo da Juventude Hitlerista, que existia no Iraque nos anos 1930 e 1940. Em 1938, a organização jovem Al-Futuwwa enviou um representante ao congresso do partido nazista em Nuremberg, e, por sua vez, hospedou o líder da Juventude Hitlerista, Baldur von Schirach. Em 1941, o clube fascista pan-árabe Al-Muthanna e seu movimento Al-Futuwwa participaram do ataque Farhud contra a comunidade judaica de Bagdá.
Dirigindo-se aos formandos, Haniyeh declarou: "Vocês são os futuros líderes. Vocês conduzirão seu povo em direção à liberdade e à dignidade. A Al-Futuwwa terminará em vitória e na libertação de toda a Palestina, "desde o rio Jordão até o mar Mediterrâneo"'.
Não foi surpreendente que os pais na Faixa de Gaza não protestaram contra esta forma de abuso das crianças. Muitos pais, na verdade, parecem gostar da idéia de que seus filhos estejam sendo treinados a manejar explosivos e vários tipos de armas.
Mais preocupante é que apenas algumas dentre as dezenas de organizações de direitos humanos sustentadas pelo Ocidente que operam na Faixa de Gaza levantaram sua voz contra o abuso de crianças feito pelo Hamas. Até mesmo o Fundo das Nações Unidas Para a Infância (UNICEF), que foi criado para trabalhar em favor dos direitos das crianças, sua sobrevivência, desenvolvimento e proteção, ainda não condenou o Hamas por recrutar crianças em idade escolar para seu aparato militar.
Muitas das crianças do Hamas serão, indubitavelmente, enviadas para a frente de batalha durante o próximo round da luta contra Israel. Alguns serão também despachados em missões suicidas contra a "entidade sionista", enquanto a outros serão dados rifles e foguetes de ataque para serem usados contra alvos israelenses.
Ao envenenar as mentes das crianças em idade escolar, o Hamas está criando toda uma geração de palestinos para a glorificação dos homens-suicidas, a jihad e o terrorismo.
E isso está acontecendo no momento em que alguns governos e lideranças do Ocidente estão falando sobre a necessidade de reavivar o processo de paz entre a Palestina e Israel -- e no momento em que a Autoridade Palestina (AP) está fazendo esforços para alcançar a unidade com o Hamas.
Essas são questões que Abbas precisa perguntar a si mesmo, à medida que continua buscando a unidade com o Hamas; e que o Ocidente também faria bem em perguntar a si mesmo.
Do Gatestone Institute.
Do Gatestone Institute.
Khaled Abu Toameh, um muçulmano árabe, é jornalista veterano, vencedor de prêmios, que vem dando cobertura jornalística aos problemas palestinos por aproximadamente três décadas. Estudou na Universidade Hebraica e começou sua carreira como repórter trabalhando para um jornal afiliado à Organização Para a Libertação da Palestina (OLP), em Jerusalém. Trabalha atualmente para a mídia internacional, servindo como "olhos e ouvidos" de jornalistas estrangeiros na Margem Ocidental e na Faixa de Gaza. Desde 2002, ele tem escrito sobre os problemas palestinos para o jornal Jerusalem Post. Abu Toameh também trabalha como produtor e consultor da NBC News desde 1989.
Publicado na revista Notícias de Israel .
Tradução: Ingo Haake
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