Começa amanhã mais uma etapa da sucessão presidencial. Com direito à presença da presidente Dilma e do ex-presidente Lula, o PT vai comemorar dez anos de ascensão ao poder.
Não deixa de ser estranho estarem os companheiros se auto-garfando em um mês e dezenove dias, porque o Lula assumiu no primeiro de janeiro de 2003 e não a 20 de fevereiro, mas um pouco de humildade não faz mal a ninguém.
O importante na reunião desta quarta-feira é estar programado o início de uma campanha do partido, com seguimento nos próximos meses, centrada na comparação entre o que realizaram e realizam os dois governos petistas e aquilo que coube aos tucanos fazer, nos dois mandatos de Fernando Henrique. Tomara que tudo não se limite a um confronto de números e estatísticas, muito menos de promoção emocional.
De qualquer forma, o PT e seus mentores dão a tônica do que será a campanha pela reeleição de Dilma. Escolheram previamente o adversário, mesmo sem a certeza de vir a ser Aécio Neves, José Serra ou Geraldo Alckmin.
O inimigo é o PSDB, dedução à qual não faltam a lógica e a vontade, apesar do bate-cabeça verificado no ninho. Coincidência ou não, esta semana o presidente tucano, Sérgio Guerra, anunciou a realização de uma série de caravanas de seu partido, defendendo a política e, claro, as realizações do governo Fernando Henrique.
Claro que em nenhuma das comemorações do PT haverá espaço para o mensalão, sequer para a linha até pouco sustentada, de defesa dos líderes condenados.
Tudo indica que passará em branco o trágico episódio, ainda que até ontem se duvidasse da ausência ou da presença de José Dirceu, João Paulo Cunha, José Genoíno e Delúbio Soares.
Se um deles aparecer, ou os quatro, haverá constrangimento, mesmo com claque armada e a postos.
Faz tempo que desinventaram o “palmômetro”, mas quem quiser fazer um teste de popularidade entre o Lula e Dilma poderá frustrar-se.
Corria a versão de que entrariam juntos no plenário de mais de mil companheiros, no hotel escolhido para a festa, de forma a misturarem-se os aplausos. Mesmo assim, sempre será possível medir o grau de entusiasmo da platéia sempre que o nome de um deles for mencionado.
Para efeito externo, o Lula não disputará a sucessão de 2014, mas no fundo, garantir ninguém garante. Até porque, se ele quiser, ela imediatamente sairá de cena. Não há hipótese de se enfrentarem.
NEM CONTRA NEM A FAVOR
Pegou mal o discurso de Marina Silva na sessão de criação do novo partido que não é partido, mas rede.
Como explicar sua cautela em acentuar que a nova legenda não será nem governo nem oposição? Nem da esquerda nem da direita, também? Nem de cima, nem de baixo? Certas invenções destinam-se ao fracasso e esta pode ser uma delas.
Parece óbvio que o PT não gostou, mas também já sabia da disposição da ex-senadora de candidatar-se em 2014.
Claro que vai tirar votos de Dilma ou do Lula, jamais de Aécio, Serra ou Alckmin, mas para o eleitor predisposto a apoiá-la fica difícil definir uma refeição que não é carne nem peixe. Pode ser macarrão…
NÃO HÁ IMPUNIDADE
Tancredo Neves era conhecido por suas definições e frases de efeito imediato que não resistia em formular mas, depois, levavam-no a saltar de banda.
Dele foi o comentário, em seguida a uma incursão do general Justino Alves Bastos no reino da Constituição: “vamos ver o que dizem os nossos “jurilas”.
O saudoso presidente morreu negando a autoria, apesar de óbvia.
No auge de sua disputa com Ulysses Guimarães pela candidatura presidencial, antes de derrotada a emenda Dante de Oliveira, das eleições diretas, saiu-se com outra que negou de pés juntos durante a campanha posterior: “ninguém é político paulista impunemente”. Quem sabe lá do alto de sua nuvem, Tancredo possa fazer chegar esse diagnóstico no palácio dos Bandeirantes…
O importante na reunião desta quarta-feira é estar programado o início de uma campanha do partido, com seguimento nos próximos meses, centrada na comparação entre o que realizaram e realizam os dois governos petistas e aquilo que coube aos tucanos fazer, nos dois mandatos de Fernando Henrique. Tomara que tudo não se limite a um confronto de números e estatísticas, muito menos de promoção emocional.
De qualquer forma, o PT e seus mentores dão a tônica do que será a campanha pela reeleição de Dilma. Escolheram previamente o adversário, mesmo sem a certeza de vir a ser Aécio Neves, José Serra ou Geraldo Alckmin.
O inimigo é o PSDB, dedução à qual não faltam a lógica e a vontade, apesar do bate-cabeça verificado no ninho. Coincidência ou não, esta semana o presidente tucano, Sérgio Guerra, anunciou a realização de uma série de caravanas de seu partido, defendendo a política e, claro, as realizações do governo Fernando Henrique.
Claro que em nenhuma das comemorações do PT haverá espaço para o mensalão, sequer para a linha até pouco sustentada, de defesa dos líderes condenados.
Tudo indica que passará em branco o trágico episódio, ainda que até ontem se duvidasse da ausência ou da presença de José Dirceu, João Paulo Cunha, José Genoíno e Delúbio Soares.
Se um deles aparecer, ou os quatro, haverá constrangimento, mesmo com claque armada e a postos.
Faz tempo que desinventaram o “palmômetro”, mas quem quiser fazer um teste de popularidade entre o Lula e Dilma poderá frustrar-se.
Corria a versão de que entrariam juntos no plenário de mais de mil companheiros, no hotel escolhido para a festa, de forma a misturarem-se os aplausos. Mesmo assim, sempre será possível medir o grau de entusiasmo da platéia sempre que o nome de um deles for mencionado.
Para efeito externo, o Lula não disputará a sucessão de 2014, mas no fundo, garantir ninguém garante. Até porque, se ele quiser, ela imediatamente sairá de cena. Não há hipótese de se enfrentarem.
NEM CONTRA NEM A FAVOR
Pegou mal o discurso de Marina Silva na sessão de criação do novo partido que não é partido, mas rede.
Como explicar sua cautela em acentuar que a nova legenda não será nem governo nem oposição? Nem da esquerda nem da direita, também? Nem de cima, nem de baixo? Certas invenções destinam-se ao fracasso e esta pode ser uma delas.
Parece óbvio que o PT não gostou, mas também já sabia da disposição da ex-senadora de candidatar-se em 2014.
Claro que vai tirar votos de Dilma ou do Lula, jamais de Aécio, Serra ou Alckmin, mas para o eleitor predisposto a apoiá-la fica difícil definir uma refeição que não é carne nem peixe. Pode ser macarrão…
NÃO HÁ IMPUNIDADE
Tancredo Neves era conhecido por suas definições e frases de efeito imediato que não resistia em formular mas, depois, levavam-no a saltar de banda.
Dele foi o comentário, em seguida a uma incursão do general Justino Alves Bastos no reino da Constituição: “vamos ver o que dizem os nossos “jurilas”.
O saudoso presidente morreu negando a autoria, apesar de óbvia.
No auge de sua disputa com Ulysses Guimarães pela candidatura presidencial, antes de derrotada a emenda Dante de Oliveira, das eleições diretas, saiu-se com outra que negou de pés juntos durante a campanha posterior: “ninguém é político paulista impunemente”. Quem sabe lá do alto de sua nuvem, Tancredo possa fazer chegar esse diagnóstico no palácio dos Bandeirantes…
Nenhum comentário:
Postar um comentário