O ex-governador de Alagoas Ronaldo Lessa (PDT) foi formalmente acusado pelo Ministério Público Federal dos crimes de peculato (apropriação de recursos públicos), corrupção ativa e passiva.
Ele é acusado pelo desvio de R$ 5 milhões, que deveriam ser usados na área da saúde em 2006, e permitir uma licitação fraudulenta durante sua gestão para a reforma da Unidade de Emergência Dr. Armando Lages (atual Hospital Geral do Estado), por "frustrar o caráter competitivo da licitação".
A reforma - que apresentou superfaturamento e sobrepreço - foi executada pela Arquitec (Arquitetura, Engenharia e Construção), após os demais concorrentes serem considerados inabilitados..
A acusação também envolve a ex-secretária de Saúde do Estado Kátia Born. A obra foi paga por Lessa, mas o Ministério da Saúde verificou que apenas 71% do contrato havia sido executado até janeiro de 2009.
Os valores repassados pelo governo de Alagoas eram legitimados, em 2006 e 2007, pelo então chefe da Gerência de Obras do Estado, Itabira Iguarassu Silva Santos, hoje engenheiro contratado pela Arquitec.
Parte do valor supostamente desviado foi transferido como doação eleitoral para Ronaldo Lessa e Kátia Born em 2006, segundo o Ministério Público Federal.
A Arquitec fez doações, no valor de R$ 155 mil às campanhas de Lessa ao Senado (R$ 70 mil), de seu irmão Antônio José Lessa à Assembleia Legislativa do Estado (R$ 35 mil), e de Kátia Born à Câmara (R$ 50 mil), o que, segundo a Procuradoria, são crimes de corrupção passiva e ativa.
19 de fevereiro de 2013
in claudio humberto
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