O Banco Central
ainda não mexeu nos juros, mas as taxas negociadas pelos investidores já tiveram
alta considerável nas últimas semanas apenas com a expectativa de elevação da
Selic, a taxa básica da economia brasileira, que só será definida na próxima
quarta-feira.
Para o
investidor, o resultado já se materializou como uma das maiores sangrias já
vista nos títulos prefixados do Tesouro Direto desde 2010.
Também perderam os CDBs (Certificado de Depósito Bancário) prefixados e os fundos de renda fixa e de índices de inflação, que são os que mais sofrem em época de aumento de juros.
A maioria dessas aplicações deve fechar fevereiro com rendimento negativo.
No Tesouro Direto, alguns papéis chegaram a perder mais de 6% apenas nos últimos 30 dias. Foi o caso das NTN-B com vencimento em agosto de 2050, que caíram 6,20% nos últimos 30 dias.
O rendimento negativo costuma assustar os investidores mais conservadores da renda fixa, que têm dificuldade de entender por que uma aplicação com taxa de juros positiva pode levar a perdas como essa, em tão pouco tempo e mesmo antes de um fato (no caso, o aumento dos juros pelo BC) se materializar.
Isso acontece porque, apesar de as taxas prefixadas serem positivas, os títulos já emitidos sofrem um "deságio" em seu valor, para se adaptarem à nova realidade de juros. Ou seja, quando os juros sobem, o valor do título cai e vice-versa.
Se isso não acontecesse, não haveria estímulo para um investidor comprar um papel já emitido com juros menores do que compraria com os novos juros.
No Tesouro Direto, sente esse impacto quem resgatar a aplicação antecipadamente ou consultar o saldo, que é marcado segundo o valor do dia do extrato. Quem deixar até o vencimento recebe aquilo que foi combinado.
"O melhor é ficar quieto para não realizar o prejuízo. Quem aplica em longo prazo ganhou bastante e se protegeu da inflação; quem entrou no final da festa, em outubro e novembro do ano passado, perdeu dinheiro, mas ficará protegido em longo prazo", diz Fabio Colombo, administrador de investimentos.
"Esses títulos renderam 20% no ano passado; não iria continuar assim. O investidor deve se preocupar agora em não perder para a inflação", afirma William Eid, professor de finanças da FGV.
Para novas aplicações, a recomendação é preferir os investimentos pós-fixados, como as LFTs, os fundos DI e os CDBs atrelados ao CDI.
Hoje, a taxa Selic está em 7,25% e a maioria dos analistas aposta em alta para 7,75%.
Os investidores negociam juros para janeiro de 2014 em 7,75%, embutindo um aumento de 0,5 ponto percentual até o fim do ano.
"Sempre que tem aumentos inesperados da Selic, o preço cai. Estamos falando de expectativa contra realidade", diz o também professor da FGV Samy Dana.
Também perderam os CDBs (Certificado de Depósito Bancário) prefixados e os fundos de renda fixa e de índices de inflação, que são os que mais sofrem em época de aumento de juros.
A maioria dessas aplicações deve fechar fevereiro com rendimento negativo.
No Tesouro Direto, alguns papéis chegaram a perder mais de 6% apenas nos últimos 30 dias. Foi o caso das NTN-B com vencimento em agosto de 2050, que caíram 6,20% nos últimos 30 dias.
O rendimento negativo costuma assustar os investidores mais conservadores da renda fixa, que têm dificuldade de entender por que uma aplicação com taxa de juros positiva pode levar a perdas como essa, em tão pouco tempo e mesmo antes de um fato (no caso, o aumento dos juros pelo BC) se materializar.
Isso acontece porque, apesar de as taxas prefixadas serem positivas, os títulos já emitidos sofrem um "deságio" em seu valor, para se adaptarem à nova realidade de juros. Ou seja, quando os juros sobem, o valor do título cai e vice-versa.
Se isso não acontecesse, não haveria estímulo para um investidor comprar um papel já emitido com juros menores do que compraria com os novos juros.
No Tesouro Direto, sente esse impacto quem resgatar a aplicação antecipadamente ou consultar o saldo, que é marcado segundo o valor do dia do extrato. Quem deixar até o vencimento recebe aquilo que foi combinado.
"O melhor é ficar quieto para não realizar o prejuízo. Quem aplica em longo prazo ganhou bastante e se protegeu da inflação; quem entrou no final da festa, em outubro e novembro do ano passado, perdeu dinheiro, mas ficará protegido em longo prazo", diz Fabio Colombo, administrador de investimentos.
"Esses títulos renderam 20% no ano passado; não iria continuar assim. O investidor deve se preocupar agora em não perder para a inflação", afirma William Eid, professor de finanças da FGV.
Para novas aplicações, a recomendação é preferir os investimentos pós-fixados, como as LFTs, os fundos DI e os CDBs atrelados ao CDI.
Hoje, a taxa Selic está em 7,25% e a maioria dos analistas aposta em alta para 7,75%.
Os investidores negociam juros para janeiro de 2014 em 7,75%, embutindo um aumento de 0,5 ponto percentual até o fim do ano.
"Sempre que tem aumentos inesperados da Selic, o preço cai. Estamos falando de expectativa contra realidade", diz o também professor da FGV Samy Dana.
Editoria de arte/Folhapress
Original :
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Títulos
do Tesouro perdem mais
de 6% nos últimos 30 dias
de 6% nos últimos 30 dias
28 de fevereiro de 2013
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