Ex-senadora articula com oposição movimento contra projeto que barra novas legendas
BRASÍLIA - Liderando o movimento suprapartidário contra o projeto que limita o tempo de TV e repasses do fundo partidário para novos partidos, lançado nesta terça-feira no Senado, a ex-senadora Marina Silva intensificou os ataques à presidente Dilma Rousseff e à operação, que , declarou, claramente está sendo articulada pelo Palácio do Planalto para sufocar a criação de seu partido, o Rede Sustentabilidade. Na reunião no gabinete do senador Pedro Simon (PMDB-RS), com a participação de lideranças do PSB, PSDB, PDT e PSOL , os presentes e o pré-candidato tucano Aécio Neves (MG) disseram que o movimento vai reagir ao que chamaram de “pacote de Abril moderno”, comparando com o Pacote de Abril que editou o AI-5.
No mesmo tom, Marina disse que não entende o medo de Dilma e essa articulação para sufocar a criação de outros partidos.
— Por que esse medo? Ela não precisa disso! Tem todos os partidos grandes ao seu lado, um popularidade alta, 39 ministérios, o Bolsa Família, o PAC, o Renan, o Sarney. Por que o medo de 35 segundos de um partido recém-criado na TV? Mas talvez eles saibam de alguma coisa que não sabemos. Vou repetir uma frase do Victor Hugo: nada mais potente do que uma ideia cujo tempo chegou. Se tentam represá-la, vira pororoca — disse Marina, informando que depois da aprovação do projeto na Câmara.
Marina passou o dia no Senado articulando com os partidos não governistas, inclusive o PSB, tentativa de impedir a aprovação da urgência para o projeto já aprovado na Câmara. Se não conseguirem impedir a urgência, tentarão aprovar uma emenda jogando a vigência para 2015. Se ainda assim perderem, vão recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Ação do governo é comparada à ditadura
Marina ainda tem esperança que os senadores Jorge Viana (PT-AC), Eduardo Suplicy (PT-SP), Paulo Paim (PT-RS) e Lindbergh Farias (PT-RJ) votem contra o projeto mesmo com o fechamento de questão pelo PT. Ela se disse surpresa com a posição do PT e do Planalto ao tentar sufocar a criação da Rede.
Quando o ministro Gilberto Carvalho deu declarações defendendo o projeto, disse Marina, ficou claro que é uma operação do Planalto, uma ação de governo para impedir a criação dos novos partidos. E novamente comparou o comportamento do PT e do Governo com ações da ditadura. O vice-presidente da República, Michel Temer, defendeu mais cedo a redução do número de siglas no país.
— Nunca imaginei que o PT ia usar o mesmo punhal enferrujado usado por eles para ferir Lula quando tentava criar o partido, agora, contra um grupo que, com a mesma legitimidade, tenta se organizar. Mas acredito que os senadores (do PT) não deverão seguir o que fere suas consciências e história de lutas a favor da democracia —disse Marina.
O pré-candidato tucano Aécio Neves, ao lado do líder Aloysio Nunes (PSDB-SP), disse que o movimento suprapartidário vai enfrentar a maioria do governo no Senado, para impedir a aprovação do texto da Câmara, ou pelo menos tentar aprovar emenda adiando a vigência para 2015.
— Não é razoável que o Governo estimule a criação de partidos para lhe apoiar e impeça a criação de outros que estão fora do seu guarda chuva de cargos. Esse é um pacote de abril moderno que o governo e o PT tentam impor ao Brasil, mas vamos reagir. É inimaginável que o PT tenha chegado onde chegou, impondo constrangimento e tutela a seus senadores que ontem tinham uma palavra, e hoje mudaram de opinião — disse Aécio.
Líder do PSB vai entrar com ação no STF
O líder do PSB no Senado, Rodrigo Rollemberg (DF), afirmou que o projeto contraria a Constituição e pretende entrar com um mandado de segurança preventivo no Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir a votação no Senado.
— Vamos buscar todos os meios para reagir a esse pacote de abril. O projeto é flagrantemente inconstitucional. O Supremo acabou de decidir a favor de o deputado levar o tempo de TV e parcela do fundo partidário quando mudar de partido, senão você teria parlamentares e partidos de primeira e de segunda classe — completou Rollemberg.
No PDT, pelo menos os senadores Pedro Taques (MT) e Cristovam Buarque (DF) são contra o projeto que inibe a criação dos novos partidos.
— O projeto é casuístico, é de encomenda para inviabilizar candidaturas à Presidência da República. É um novo pacotaço de abril de 77 — afirmou Taques, após reunião com Marina Silva.
Feliz com o aumento de assinaturas para a criação da Rede depois da votação do projeto, Marina Silva exibiu a assinatura da deputada Luiza Erundina (PSB-SP) . Ela informou que já possui 200 mil assinaturas e deve chegar a 300 mil até o final desse mês, e a 700 mil - 150 mil a mais do que as 550 mil necessárias - até julho.
— Não sei se foi um tiro no pé. Mas a solidariedade aumentou significativamente, além do número de voluntários que prometem se esforçar ainda mais para conseguir as assinaturas — disse Marina.
Depois da reunião ela foi ao plenário do Senado e, convidada pelo presidente Renan Calheiros (PMDB-AL), sentou-se ao seu lado à Mesa.
No mesmo tom, Marina disse que não entende o medo de Dilma e essa articulação para sufocar a criação de outros partidos.
— Por que esse medo? Ela não precisa disso! Tem todos os partidos grandes ao seu lado, um popularidade alta, 39 ministérios, o Bolsa Família, o PAC, o Renan, o Sarney. Por que o medo de 35 segundos de um partido recém-criado na TV? Mas talvez eles saibam de alguma coisa que não sabemos. Vou repetir uma frase do Victor Hugo: nada mais potente do que uma ideia cujo tempo chegou. Se tentam represá-la, vira pororoca — disse Marina, informando que depois da aprovação do projeto na Câmara.
Marina passou o dia no Senado articulando com os partidos não governistas, inclusive o PSB, tentativa de impedir a aprovação da urgência para o projeto já aprovado na Câmara. Se não conseguirem impedir a urgência, tentarão aprovar uma emenda jogando a vigência para 2015. Se ainda assim perderem, vão recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Ação do governo é comparada à ditadura
Marina ainda tem esperança que os senadores Jorge Viana (PT-AC), Eduardo Suplicy (PT-SP), Paulo Paim (PT-RS) e Lindbergh Farias (PT-RJ) votem contra o projeto mesmo com o fechamento de questão pelo PT. Ela se disse surpresa com a posição do PT e do Planalto ao tentar sufocar a criação da Rede.
Quando o ministro Gilberto Carvalho deu declarações defendendo o projeto, disse Marina, ficou claro que é uma operação do Planalto, uma ação de governo para impedir a criação dos novos partidos. E novamente comparou o comportamento do PT e do Governo com ações da ditadura. O vice-presidente da República, Michel Temer, defendeu mais cedo a redução do número de siglas no país.
— Nunca imaginei que o PT ia usar o mesmo punhal enferrujado usado por eles para ferir Lula quando tentava criar o partido, agora, contra um grupo que, com a mesma legitimidade, tenta se organizar. Mas acredito que os senadores (do PT) não deverão seguir o que fere suas consciências e história de lutas a favor da democracia —disse Marina.
O pré-candidato tucano Aécio Neves, ao lado do líder Aloysio Nunes (PSDB-SP), disse que o movimento suprapartidário vai enfrentar a maioria do governo no Senado, para impedir a aprovação do texto da Câmara, ou pelo menos tentar aprovar emenda adiando a vigência para 2015.
— Não é razoável que o Governo estimule a criação de partidos para lhe apoiar e impeça a criação de outros que estão fora do seu guarda chuva de cargos. Esse é um pacote de abril moderno que o governo e o PT tentam impor ao Brasil, mas vamos reagir. É inimaginável que o PT tenha chegado onde chegou, impondo constrangimento e tutela a seus senadores que ontem tinham uma palavra, e hoje mudaram de opinião — disse Aécio.
Líder do PSB vai entrar com ação no STF
O líder do PSB no Senado, Rodrigo Rollemberg (DF), afirmou que o projeto contraria a Constituição e pretende entrar com um mandado de segurança preventivo no Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir a votação no Senado.
— Vamos buscar todos os meios para reagir a esse pacote de abril. O projeto é flagrantemente inconstitucional. O Supremo acabou de decidir a favor de o deputado levar o tempo de TV e parcela do fundo partidário quando mudar de partido, senão você teria parlamentares e partidos de primeira e de segunda classe — completou Rollemberg.
No PDT, pelo menos os senadores Pedro Taques (MT) e Cristovam Buarque (DF) são contra o projeto que inibe a criação dos novos partidos.
— O projeto é casuístico, é de encomenda para inviabilizar candidaturas à Presidência da República. É um novo pacotaço de abril de 77 — afirmou Taques, após reunião com Marina Silva.
Feliz com o aumento de assinaturas para a criação da Rede depois da votação do projeto, Marina Silva exibiu a assinatura da deputada Luiza Erundina (PSB-SP) . Ela informou que já possui 200 mil assinaturas e deve chegar a 300 mil até o final desse mês, e a 700 mil - 150 mil a mais do que as 550 mil necessárias - até julho.
— Não sei se foi um tiro no pé. Mas a solidariedade aumentou significativamente, além do número de voluntários que prometem se esforçar ainda mais para conseguir as assinaturas — disse Marina.
Depois da reunião ela foi ao plenário do Senado e, convidada pelo presidente Renan Calheiros (PMDB-AL), sentou-se ao seu lado à Mesa.
24 de abril de 2013
Maria Lima
Fernanda Krakovics
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