Líder José Agripino diz que a instalação de um processo nos meios da justiça se impõe.
A oposição vai exigir que as denúncias veiculadas pela revista Veja desta semana sobre a ex-secretária do ex-presidente Lula, Rosemary Noronha, sejam investigadas não apenas no âmbito administrativo como também judicial, afirmou o líder do Democratas no Senado, José Agripino (RN).
Em discurso nessa segunda-feira (22), o parlamentar disse que “a instalação de um processo nos meios da justiça se impõe, por obrigação do Estado e em respeito ao direito de defesa do acusado”.
“A oposição vai exigir que aquilo que foi divulgado pela revista seja consubstanciado em uma denúncia e na instalação de um processo para que se culpa houver a responsável seja punida”, ressaltou Agripino.
A Veja desta semana revelou a existência de uma sindicância interna do Palácio do Planalto, de 120 páginas, mantida em segredo para evitar “instabilidade institucional”, que mostra como Rosemary Noronha se aproveitava da proximidade com o poder para fazer pequenas e grandes maracutaias.
Segundo a sindicância, determinada pela Casa Civil da presidência da República, Rosemary patrocinou lobbies, agendou encontros com empresários e ajudou uma quadrilha que vendia pareceres, entre outras acusações.
“O governo Dilma mandou fazer a sindicância em público e agora tem a obrigação – pela consequência prática de dizer que não convive com a improbidade – de entregar esse material para a justiça para que denúncia se consubstancie no processo”, afirmou Agripino.
O líder do Democratas disse ainda estranhar o fato de o ex-presidente Lula não vir a público para dar explicações sobre a atuação de sua ex-secretária.
“Tendo em vista que todas as matérias colocam Rosemary Noronha – citada pela revista como sindicalista e militante do PT – em ligação direta com Lula, a manifestação do ex-presidente se impõe.
Mas até hoje não houve uma única palavra por parte dele; é como se esse caso nunca tivesse existido”.
Fonte: Fernanda Domingues
24 de abril de 2013
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