"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 22 de junho de 2013

A CHUVA NO MOLHADO E O FIM DA ERA LULA-DILMA



Com certeza, Luiz Inácio Lula da Silva lamenta e chora a perda do monopólio de mobilização das massas que sempre lhe conferiu legitimidade e poder político efetivo. Lula já tinha perdido, com o câncer na laringe, o potencial de sua voz.

Lula agora perde a própria liberdade, e só pode circular de carro blindado, com filme preto no vidro, pois não pode mais aparecer em público sem o risco de tomar vaia.
A manifestação de quarta-feira à noite, quando 600 jovens protestaram na porta do apartamento dele, em São Bernardo do Campo, gritando “desce, ladrão”, é o ápice da desmoralização de Lula.

Dilma choveu no molhado ontem à noite em seu pronunciamento. É nulo o efeito prático de sua fala marketeiramente escrita, lida no teleprompter como uma apresentadora de televisão sem texto próprio. Patético escutar Dilma alegar que está ouvindo a voz das ruas, mas, como mãe severa, advertir que não vai tolerar as arruaças.

Como de costume no Brasil, a questão política, novamente, se transforma em questão de polícia. E com direito à cínica repressão da petralhada.
 
O Governo Dilma já acabou sem ter começado. As mobilizações populares, originalmente incitadas por ONGs financiadas pela grana do socialismo fabiano transnacional, abrirão o caminho para retirar o PT do poder.

O PT já está irremediavelmente condenado. A grande dúvida é se os comparsas do PMDB serão “saídos” junto com a petralhada, ou se, como de costume, sustentarão e futura coalizão que ocupará o poder no Brasil, a partir de janeiro de 2015...

Uma coisa a fala da Dilma deixou implícita: o PT vai partir para a reação. Tudo indica, o partido terá de acelerar o processo “revolucionário”...
O risco é o fusca deles, com motor de ferrari, bater a 300 km/h no muro da História, pois o Brasil já cansou do Governo do Crime Organizado.

Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.

22 de junho de 2013
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

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