"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 1 de junho de 2013

CLEPTOCRACIA DA IMPERATRIZ

 

 
Alpha Condé (presidente da Guiné) e Dilma Rousseff
Alpha Condé (presidente da Guiné) e Dilma Rousseff
 
Vejamos o início: “Com a prodigalidade de uma imperatriz, a doutora Dilma anunciou em Adis Abeba que perdoou as dívidas de doze países africanos com o Brasil. Coisa de US$ 900 milhões. O Congo-Brazzaville ficará livre de um espeto de US$ 352 milhões.
 
Quem lê a palavra “perdão” associada a um país africano pode pensar num gesto altruísta, em proveito de crianças como Denis, que nasceu na pobre província de Oyo, num país assolado por conflitos durante os quais quatro presidentes foram depostos e um assassinado, cuja taxa de matrículas de crianças declinou de 79% em 1991 para 44% em 2005. No Congo Brazzaville 70% da população vive com menos de US$ 1 por dia.

Lenda. Denis Sassou Nguesso nasceu na pobre província de Oyo, mas se deu bem na vida. Foi militar, socialista e estatizante. Esteve no poder de 1979 a 1992, voltou em 1997 e lá permanece, como um autocrata bilionário privatista. Tem 16 imóveis em Paris, filhos riquíssimos e seu país está entre os mais corruptos do mundo”.
 
 
Comento: Porra, fazer caridade política com o dinheiro dos outros é do caraglio. O galinácio (apud Old Man) já havia feito a mesma coisa. E antes dele, outros presidentes brasileiros também já. Qual dos nossos leitores DG não se lembra das Polonetas e outras. Nosso dinheiro parece que cresce soberbo nas planícies, como a soja.
 
O que não entendo é que o nosso orçamento não dá para atender às grandes necessidades de saúde, educação e segurança dos nativos de Pindorama, belo e formoso. Não há verba. Qual seria a mágica? Mas os nativos são cegos e surdos. Não vêem a mágica…
Elio refere ainda que “a doutora diz que o engajamento com a África tem um sentido estratégico”.   Entendeu agora a política? Não? Nem eu…
 
01 de junho de 2013
Anhangüera

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