Onde pega
Não foi só a pressão do governo para votar medidas provisórias que levou o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e a ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) a baterem boca. O Congresso pressiona o governo a fixar um patamar de liberação mensal de emendas de R$ 1 bilhão, além de pagar o mesmo valor em atraso. O tema deve ser abordado na conversa que Renan e o presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), terão com Dilma Rousseff, prevista para segunda-feira.
Martelo batido A volta do PTB ao governo do PT foi selada numa conversa entre Dilma e o presidente do partido, Benito Gama, ainda no início de maio. Na ocasião, a presidente formalizou o convite para o próprio Gama assumir uma vice-presidência do Banco do Brasil.
Carta branca De Roberto Jefferson, cacique petebista e delator do mensalão, sobre a volta do partido à órbita petista: "Eu não negociei, saí da frente para o Benito compatibilizar os anseios da bancada com o governo. As minhas lutas são minhas, o partido tem as dele''.
Pré-temporada A articulação para a volta do PTB ao governo funcionou como teste de dois prováveis coordenadores da campanha de Dilma à reeleição: a costura começou a ser feita pelo governador Jaques Wagner (PT-BA) e os arremates foram dados pelo ministro Aloizio Mercadante (Educação).
Furos... Além das situações complicadas em Estados como Bahia, Rio de Janeiro, Pernambuco e Minas Gerais, a aliança PT-PMDB enfrenta desgaste também na Paraíba.
... no casco O senador Vital do Rêgo (PMDB) pressiona para que o PT apoie seu irmão, Veneziano do Rêgo, ex-prefeito de Campina Grande, para o governo. Mas os petistas preferem fechar aliança com o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, que pode ser candidato pelo PP.
01 de junho de 2013
Vera Magalhães - Painel - Folha de São Paulo
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