"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 4 de junho de 2013

GERENTONA IMPLODE NOSSA COMPETITIVIDADE


 
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A safra de más notícias na economia parece não ter fim.

É o pibinho que cresce quase nada;
a inflação que o governo petista alimentou e agora corre desesperadamente para segurar;
os juros que sobem na contramão de todo o resto do mundo;
o dólar que dispara e encarece tudo;
os rombos crescentes e astronômicos nas contas públicas.
Mas um indicador resume com precisão a indigência em que o país foi enfiado pelo governo da presidente Dilma Rousseff:
o que mede a nossa competitividade em relação ao resto do mundo.
Por sorte do governo, a divulgação do novo ranking global aconteceu no meio do feriadão e passou meio despercebida na leva de más novas. Mas ele merece ser analisado em detalhes, porque a fotografia que traz do país é muito feia.
O Brasil voltou a cair no ranking feito pelo International Institute for Management Development (IMD), uma das maiores escolas de negócios no mundo, sediada na Suíça. Figuramos agora na 51ª posição numa lista que tem 60 países. 
No ano passado, o país estava em 46º lugar. 
 O tombo foi grande, mas uma visão em retrospectiva revela queda ainda mais espetacular. Em 2010, o Brasil ocupava a 38ª posição no ranking do IMD. Isto significa que, nos anos Dilma, perdemos 13 colocações e nos tornamos o país com o pior desempenho no período.
Repetindo:
ninguém caiu tanto no mundo no quesito competitividade nos últimos três anos quanto o Brasil da presidente Dilma. Desde 2011, as nossas quedas no ranking do IMD foram constantes e sucessivas.
 
Na lista geral, agora só estão abaixo de nós a Eslovênia, 
a África do Sul, 
a Grécia, 
a Romênia, 
a Jordânia, 
a Bulgária, 
a Croácia, 
a Argentina e a Venezuela, nesta ordem.
 
Todos, de certa forma, já estavam no buraco.
A novidade é que o Brasil foi se juntar a eles nos últimos anos.
 
Os Estados Unidos recuperaram o topo da lista, que tem ainda Suíça, Hong Kong, Suécia e Cingapura, nesta ordem. São países cujo sucesso baseia-se em orientar sua atividade manufatureira para a exportação, diversificar os produtos fabricados, fortalecer pequenas e médias empresas e apostar fundo na disciplina fiscal, segundo avalia o IMD.
 
Olhando-se os fatores que compõem o indicador geral fica mais clara a cota de participação do governo da petista no desastre brasileiro:
no quesito "eficiência governamental", que mostra como as políticas públicas colaboram ou não para a competitividade do país, estamos em 58º lugar, à frente apenas da Argentina e da Venezuela - quem mais, senão eles, poderia sair-se tão mal?
 
O que impede o naufrágio completo do Brasil é o desempenho no item "eficiência nos negócios". Mesmo caindo 13 posições desde 2010, ainda estamos em 37º lugar neste quesito. Em "desempenho econômico", o Brasil surge em 42º e em "infraestrutura", em 50º, sem alterações relevantes nos últimos anos. 
 
O IMD analisou o desempenho dos países ao longo dos últimos 25 anos, durante os quais vem fazendo, sistematicamente, o acompanhamento sobre a competitividade das economias ao redor do mundo.
 
Com crueza, dividiu os países estre "vencedores" e "perdedores".
Adivinha onde o Brasil ficou?
(Em 1997, estávamos na 34ª colocação.)
 
Para quem acompanha o dia a dia da economia brasileira, o ranking da instituição suíça apenas traduz em números o que é evidente a olho nu: um país travado, estrangulado, garroteado por uma má administração.
Uma economia em que consumo e produção estão em flagrante desequilíbrio e os investimentos, principalmente em infraestrutura, simplesmente não acontecem.
Estamos pagando a conta de uma postura intervencionista que interferiu na dinâmica da economia de maneira deletéria, minou a força de agentes econômicos e desorganizou ainda mais a atividade produtiva.
Num mundo cada vez mais competitivo, o Brasil escolheu seguir o caminho mais difícil, que nos levou ao pântano de onde a presidente Dilma Rousseff não demonstra a menor aptidão para nos tirar.

Fonte: Instituto Teotônio Vilela
04 de junho de 2013

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