Está causando indignação, na imprensa e nas ditas redes sociais, as fotos das tais de Vadias, profanando e quebrando imagens sacras, rosários e crucifixos no Rio de Janeiro. De fato, a atitude é agressiva e ultraja crenças alheias.
Provocação gratuita e grosseira, desejo de escandalizar. Sem falar que as moças, sob o ponto de vista legal, cometeram crime, tipificado no Código Penal, com prisão de um mês a um ano, ou multa.
Claro que ninguém foi nem irá preso, afinal autoridade alguma ousará opor-se à “voz das ruas”.
Mas quem mais se ofendeu foram os católicos, que viram no ato uma ofensa à família e ao cristianismo. Em um site católico, leio:
POR QUE UM CRIME CONTRA OS CRISTÃOS E CONTRA A FAMÍLIA?
Não há como negar, que tal atitude deste grupo seja sim considerada crime e deve as responsáveis pagar pelos seus atos. O fato delas (sic!) invadirem um evento Cristão como a JMJ 2013 com calcinhas fio dental e seminuas, desrespeitando assim famílias, homens, mulheres e crianças que ali estavam, profanar Imagens Sacras, desrespeitar até a presença do Papa Francisco, já é um crime tipificado no Artigo 208 do Código Penal Brasileiro. (...) Tal atitude deste grupo podemos chamar “ Cristofobia”, ou seja, tudo que é sagrado, de Deus incomoda e eles fazem o “impossível” para impedir. Estamos vivendo um tempo em que qualquer manifestação desta natureza poderá resultar em destruição de igrejas católicas, violência contra religiosos, pessoas que participam de celebrações religiosas e até crianças.
Não vou discordar. Sempre teci críticas contundentes, não só ao cristianismo como também ao judaísmo, islamismo e demais religiões. Mas jamais me ocorreria profanar seus símbolos. Nada contra crer em deus ou deuses. O problema das religiões é que se sentem donas da verdade e querem impor suas crenças e práticas urbi et orbi.
Se o papa se dirigisse a seu rebanho, e apenas a seu rebanho, eu não teria assunto para boa parte destas crônicas. Mas se alguém não pode reclamar do gesto das idiotas, são justamente os cristãos. Como também os judeus. Pois profanar e mesmo destruir símbolos religiosos é uma antiga prática, não apenas recomendada, mas ordenada pelo bom Jeová:
Lemos em Êxodo 34:12: Guarda-te de fazeres pacto com os habitantes da terra em que hás de entrar, para que isso não seja por laço no meio de ti. Mas os seus altares derrubareis, e as suas colunas quebrareis, e os seus aserins cortareis (porque não adorarás a nenhum outro deus; pois o Senhor, cujo nome é Zeloso, é Deus zeloso).
No Deuteronômio 7: 5: Mas assim lhes fareis: Derrubareis os seus altares, quebrareis as suas colunas, cortareis os seus aserins, e queimareis a fogo as suas imagens esculpidas. Porque tu és povo santo ao Senhor teu Deus; o Senhor teu Deus te escolheu, a fim de lhe seres o seu próprio povo, acima de todos os povos que há sobre a terra.
Com temor de não ter sido ouvido, o bom Jeová volta a reiterar, ainda no Deuteronômio 12: 1: São estes os estatutos e os preceitos que tereis cuidado em observar na terra que o Senhor Deus de vossos pais vos deu para a possuirdes por todos os dias que viverdes sobre a terra. Certamente destruíreis todos os lugares em que as nações que haveis de subjugar serviram aos seus deuses, sobre as altas montanhas, sobre os outeiros, e debaixo de toda árvore frondosa; e derrubareis os seus altares, quebrareis as suas colunas, queimareis a fogo os seus aserins, abatereis as imagens esculpidas dos seus deuses e apagareis o seu nome daquele lugar.
E volta a insistir em Números 33: 51: Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: quando houverdes passado o Jordão para a terra de Canaã, lançareis fora todos os habitantes da terra de diante de vós, e destruíreis todas as suas pedras em que há figuras; também destruíreis todas as suas imagens de fundição, e desfareis todos os seus altos.
Não bastasse isto, o grande líder religioso judeu e filósofo Maimônides – Rambam para os íntimos – recomenda em sua obra máxima, Os 613 mandamentos:
185 - Destruir todo tipo de idolatria na terra de Israel
Por este preceito somos ordenados a destruir todo tipo de idolatria e seus templos por todas as maneiras possíveis de destruição e aniquilação: quebrar, queimar, demolir e rasgar, usando, para cada objeto, o meio apropriado para que a destruição seja feita o mais completa e rapidamente possível, pois a intenção é que não reste nem traço dele. Isso está expresso em Suas palavras, enaltecido seja Ele, "Certamente destruíreis dos lugares" (Deuteronômio, 12:2), em "Mas assim fareis com elas: seus altares derrubareis etc." (Ibid. 7:5) e novamente em "Porém seus altares derrubareis" (Êxodo, 34:13).
Quer dizer, devagar nas pedras. Os que hoje se sentem ofendidos são os mesmos que um dia ordenaram destruir altares e símbolos sagrados de outras religiões. E como jamais ouvi falar de que o Velho Testamento tenha sido revogado, presumo que tais recomendações ainda vigem.
31 de julho de 2013
janer cristaldo
Provocação gratuita e grosseira, desejo de escandalizar. Sem falar que as moças, sob o ponto de vista legal, cometeram crime, tipificado no Código Penal, com prisão de um mês a um ano, ou multa.
Claro que ninguém foi nem irá preso, afinal autoridade alguma ousará opor-se à “voz das ruas”.
Mas quem mais se ofendeu foram os católicos, que viram no ato uma ofensa à família e ao cristianismo. Em um site católico, leio:
POR QUE UM CRIME CONTRA OS CRISTÃOS E CONTRA A FAMÍLIA?
Não há como negar, que tal atitude deste grupo seja sim considerada crime e deve as responsáveis pagar pelos seus atos. O fato delas (sic!) invadirem um evento Cristão como a JMJ 2013 com calcinhas fio dental e seminuas, desrespeitando assim famílias, homens, mulheres e crianças que ali estavam, profanar Imagens Sacras, desrespeitar até a presença do Papa Francisco, já é um crime tipificado no Artigo 208 do Código Penal Brasileiro. (...) Tal atitude deste grupo podemos chamar “ Cristofobia”, ou seja, tudo que é sagrado, de Deus incomoda e eles fazem o “impossível” para impedir. Estamos vivendo um tempo em que qualquer manifestação desta natureza poderá resultar em destruição de igrejas católicas, violência contra religiosos, pessoas que participam de celebrações religiosas e até crianças.
Não vou discordar. Sempre teci críticas contundentes, não só ao cristianismo como também ao judaísmo, islamismo e demais religiões. Mas jamais me ocorreria profanar seus símbolos. Nada contra crer em deus ou deuses. O problema das religiões é que se sentem donas da verdade e querem impor suas crenças e práticas urbi et orbi.
Se o papa se dirigisse a seu rebanho, e apenas a seu rebanho, eu não teria assunto para boa parte destas crônicas. Mas se alguém não pode reclamar do gesto das idiotas, são justamente os cristãos. Como também os judeus. Pois profanar e mesmo destruir símbolos religiosos é uma antiga prática, não apenas recomendada, mas ordenada pelo bom Jeová:
Lemos em Êxodo 34:12: Guarda-te de fazeres pacto com os habitantes da terra em que hás de entrar, para que isso não seja por laço no meio de ti. Mas os seus altares derrubareis, e as suas colunas quebrareis, e os seus aserins cortareis (porque não adorarás a nenhum outro deus; pois o Senhor, cujo nome é Zeloso, é Deus zeloso).
No Deuteronômio 7: 5: Mas assim lhes fareis: Derrubareis os seus altares, quebrareis as suas colunas, cortareis os seus aserins, e queimareis a fogo as suas imagens esculpidas. Porque tu és povo santo ao Senhor teu Deus; o Senhor teu Deus te escolheu, a fim de lhe seres o seu próprio povo, acima de todos os povos que há sobre a terra.
Com temor de não ter sido ouvido, o bom Jeová volta a reiterar, ainda no Deuteronômio 12: 1: São estes os estatutos e os preceitos que tereis cuidado em observar na terra que o Senhor Deus de vossos pais vos deu para a possuirdes por todos os dias que viverdes sobre a terra. Certamente destruíreis todos os lugares em que as nações que haveis de subjugar serviram aos seus deuses, sobre as altas montanhas, sobre os outeiros, e debaixo de toda árvore frondosa; e derrubareis os seus altares, quebrareis as suas colunas, queimareis a fogo os seus aserins, abatereis as imagens esculpidas dos seus deuses e apagareis o seu nome daquele lugar.
E volta a insistir em Números 33: 51: Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: quando houverdes passado o Jordão para a terra de Canaã, lançareis fora todos os habitantes da terra de diante de vós, e destruíreis todas as suas pedras em que há figuras; também destruíreis todas as suas imagens de fundição, e desfareis todos os seus altos.
Não bastasse isto, o grande líder religioso judeu e filósofo Maimônides – Rambam para os íntimos – recomenda em sua obra máxima, Os 613 mandamentos:
185 - Destruir todo tipo de idolatria na terra de Israel
Por este preceito somos ordenados a destruir todo tipo de idolatria e seus templos por todas as maneiras possíveis de destruição e aniquilação: quebrar, queimar, demolir e rasgar, usando, para cada objeto, o meio apropriado para que a destruição seja feita o mais completa e rapidamente possível, pois a intenção é que não reste nem traço dele. Isso está expresso em Suas palavras, enaltecido seja Ele, "Certamente destruíreis dos lugares" (Deuteronômio, 12:2), em "Mas assim fareis com elas: seus altares derrubareis etc." (Ibid. 7:5) e novamente em "Porém seus altares derrubareis" (Êxodo, 34:13).
Quer dizer, devagar nas pedras. Os que hoje se sentem ofendidos são os mesmos que um dia ordenaram destruir altares e símbolos sagrados de outras religiões. E como jamais ouvi falar de que o Velho Testamento tenha sido revogado, presumo que tais recomendações ainda vigem.
31 de julho de 2013
janer cristaldo
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