Apesar de retirar da análise de conjuntura do partido trechos de crítica ao comportamento de parceiros da base aliada, a ala mais esquerdista do PT já se manifestou, em termos duros, a favor do rompimento do partido com o PMDB.
Ontem, o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, voltou a defender um comportamento “mais coerente e menos pragmático” em 2014 para enfrentar as exigências de um eventual segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. “Se a bancada do PMDB continuar sujeita a interesses meramente fracionários e regionais, que estão travando projetos como os que mencionei, acho que o PMDB se torna mais um problema do que uma solução”, disse Tarso.
Segundo o governador, o boicote à proposta de revigorar financeiramente os estados e reestruturar a federação é um “exemplo típico” de uma aliança que está vencida.
O ala do governador e do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, defende que o PT faça alianças para a eleição de 2014 mirando partidos de esquerda e centro-esquerda.
A sugestão consta no documento intitulado "Para o PT liderar um novo ciclo da revolução democrática", elaborado pela corrente Mensagem ao Partido, a mesma em 2005 propôs a "refundação" da legenda.
O texto, redigido pela chapa que apoia a candidatura do deputado Paulo Teixeira (SP) à presidência do PT, afirma que as parcerias com "setores conservadores" são um "empecilho" para mudanças, como a instituição do imposto sobre grandes fortunas.
"O novo quadro anuncia, neste momento, uma disputa mais complexa do que a anteriormente esperada para as eleições de 2014. Não parece mais bastar a divulgação dos enormes avanços dos dez anos do governo Lula e Dilma e a comparação com o período anterior", diz o texto, numa referência ao governo do tucano Fernando Henrique Cardoso.
31 de julho de 2013
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