Artigos - Movimento Revolucionário
IMAGENS MACABRAS como essa podem ser instrumento do bem, se compreendidas. Ofendem, escandalizam, agridem, mas – sobretudo – educam. Já há algum tempo que a única ocupação de muita gente, no país, consiste em protestar contra certo ‘estado de coisas’: político, cultural, ético, religioso.
Criminosos ou simplesmente idiotas, os manifestantes – bárbaros redivivos – passaram a fazer parte do cenário urbano. Contamos com eles todos os dias, todas as semanas, a partir das 18h.
Exigem tudo: de tarifas grátis a casamento gay; do fim da corrupção política ao fim da Igreja Católica; ora exigem mais estado, ora exigem estado nenhum.
Todos diferentes entre si e, a um só tempo, todos rigorosamente semelhantes. Como títeres demoníacos, só lhes interessa destruir, vandalizar, incendiar, profanar. É evidente aos olhos de quem não seja mau caráter ou irreparavelmente burro que a intenção desses grupos não é aquela declarada em amistosas entrevistas.
Ateus militantes, gays e feministas radicais não querem o reconhecimento jurídico de sua condição, nem mesmo proteção às liberdades de expressão e consciência. Eles querem destruir uma civilização e colocar outra coisa qualquer no lugar.
Imagens como essa servem como exemplo e como lembrete. Não se pode debater com monstros assim. Não se pode capitular, não se pode transigir, não se pode aceitar que a bestialidade satânica de canalhas como esses, miseráveis, almas deformadas cuja única vocação na vida parece ser a de exibir suas sordidezes em praça pública, seja considerada meio legítimo de atividade política. Definitivamente, não. Eles sabem o quão simbolicamente violento foi o ato. Eles sabiam que aquilo não seria entendido como 'arte', mas como a afronta que de fato foi.
Eles não são adversários intelectuais. Eles não são atores numa discussão pública racional. Eles não são agentes mais radicais dentro de outros tantos movimentos pacíficos e razoáveis. Eles são a conseqüência lógica desse ativismo.
Eu lhes agradeço do fundo da alma pelo favor que me fazem. Gosto de saber quem são meus inimigos, e eu nunca tive tanta certeza disso. Muito prazer, senhoras e senhores: sou seu mais fiel inimigo. Contem sempre comigo.
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Os parágrafos acima, sobre a sacrílega e – não nos esqueçamos – criminosa manifestação das vadias foram RETIRADOS PELO FACEBOOK por conta de denúncias acerca de seu ‘caráter ofensivo e de incitação ao ódio’. Eu, obviamente, como bom cidadão observante das leis correntes, REPUBLIQUEI O TEXTO, sem a imagem. Agora, no blog, torno a anexar a imagem.
Mas essa é a liberdade que nos exigem, entenderam? É a liberdade de não denunciar, de não reagir, de não discordar. Um crime é um crime é um crime. Mas dizer que o crime é crime, pelo jeito, isto sim é sério. Estamos perdendo a possibilidade mesma do debate público, e a linguagem já não serve mais para descrever as coisas, mas para acobertá-las.
Há quem pense que eu exagero e escreva: “Opinião interessante”. Interessante é a pasmaceira, a sonsice, a preguiça moral que acomete uns e outros. A linguagem ideológica é exatamente isso: dizer as coisas ‘para não dizê-las’. Dizer as coisas com a intenção de escondê-las.
Se é com a linguagem que descrevemos (e pensamos) a realidade, a deterioração dessa linguagem e seu uso politicamente correto provocam uma espécie de esvaziamento semântico. Depois de não muito tempo, as palavras não passam de sons carentes de sentido. Feito isso, basta ‘recarregar’ os signos com os significantes/significados que interessem e está feito: um crime não é um crime. Dizer que um crime é crime é que passa a ser ‘o’ crime.
A situação é gravíssima, e só mesmo dois tipos de pessoas podem alegar desconhecimento: os canalhas e os... canalhas. Ignorância já não se justifica mais. O tempo da ignorância já passou.
31 de julho de 2013
Gustavo Nogy
Publicado no site Ad Hominem.
Publicado no site Ad Hominem.
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