O Palácio do Planalto enviará ao Congresso Nacional nesta terça-feira a proposta para a convocação de um plebiscito destinado a promover uma reforma política no país.
A informação foi dada pela própria presidente Dilma Rousseff, em entrevista na Granja do Torto, em Brasília, no intervalo da reunião ministerial.
Ela não quis detalhar os pontos que pretende incluir na consulta popular, mas deixou escapar que dois sonhos antigos do PT balizarão a proposta: o financiamento público de campanha e o modelo de voto para deputados e vereadores - distrital, distrital misto, "distritão", voto em lista fechada.
“Amanhã enviamos a nossa sugestão à Câmara e ao Senado de um plebiscito apontando, em linhas gerais, as balizas que julgamos que são as mais importantes. Isso não significa que outras balizas, outros nortes, não poderão aparecer.
Nós também entregamos para a presidente do TSE [ministra Cármen Lúcia] uma consulta sobre os prazos e procedimentos. Ela [Cármen Lúcia] não respondeu hoje e responderá, ao que tudo indica, amanhã”, disse.
Na sequência, questionada sobre o conteúdo da proposta que remeterá ao Legislativo, respondeu: “Uma consulta sobre reforma política não pode ser exaustiva, com muitas questões, fica muito difícil fazer a consulta.
Basicamente, diz respeito ao financiamento das campanhas e ao padrão eleitoral ou, melhor dizendo, ao padrão de voto vigente, se é proporcional, distrital, misto”, completou.
Sobre as manifestações ocorridas no Brasil, Dilma disse que as reivindicações são legítimas, mas que é preciso dissociar os protestos de outros ocorridos pelo mundo. "A primavera árabe também não é o nosso caso", afirmou.
2014 - Dilma também afirmou que, embora não possa influir no calendário, gostaria que eventuais mudanças no sistema eleitoral já entrassem em vigor no pleito de 2014, quando ela tentará a reeleição.
Sobre as manifestações ocorridas no Brasil, Dilma disse que as reivindicações são legítimas, mas que é preciso dissociar os protestos de outros ocorridos pelo mundo. "A primavera árabe também não é o nosso caso", afirmou.
2014 - Dilma também afirmou que, embora não possa influir no calendário, gostaria que eventuais mudanças no sistema eleitoral já entrassem em vigor no pleito de 2014, quando ela tentará a reeleição.
"Do nosso ponto de vista, seria de todo oportuno [entrar em vigor nas próximas eleições], mas não temos como definir isso. Depende do prazo que der o TSE", disse.
No Congresso, o PT já articula uma proposta na qual financiadores de campanha - pessoas físicas ou jurídicas - poderiam fazer doações para um fundo, sem escolher destinatários.
No Congresso, o PT já articula uma proposta na qual financiadores de campanha - pessoas físicas ou jurídicas - poderiam fazer doações para um fundo, sem escolher destinatários.
Depois, o bolo de recursos seria repartido segundo a votação que os partidos obtivessem na eleição anterior. Ou seja: se valesse para as eleições de 2014, por exemplo, a medida beneficiaria diretamente o PT, que elegeu a maior bancada de deputados em 2010.
02 de julho de 2013
in aluizio amorim
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