Dilma está brava porque SP resolveu cortar cargos e gastos. Dá para entender… Tá bom, governanta! Então compre um novo avião como símbolo do Brasil Potência, ué!!!
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), resolveu enxugar a estrutura administrativa do estado. Cortou uma secretaria, uniu algumas fundações, decidiu vender um helicóptero. Parece que pretende fazer outras mexidas. Dilma, a governanta que tem o maior número de ministros do mundo — talvez só a Corte de Eunucos de Dario, da Pérsia, rivalizasse com ela — parece não ter gostado muito. Na conversa com jornalistas, ela se referiu ao caso, naquela estranha língua em que se expressa de vez em quando, cujo sentido a gente pode presumir:
“Eu não farei demagogia de cortar cargos que eu não ocupo. Se eu não ocupo, eu não gasto. Eu tentarei olhar de onde e de que setor é possível fazer ajustes. Mas eu não faço demagogia”.
Eu não entendi nada, mas percebi que não vai haver corte nenhum. Faz sentido, não é? Expandiu o seu Ministério há pouco mais de um mês para abrigar mais um partido na base aliada — no caso, o PSD. O que terá ela querido dizer com “eu não faria a demagogia de cortar cargos que eu não ocupo”? Em seguida, emendou:
“Cortar Bolsa Família, jamais. Jamais!
Ué! Quem pediu isso? Que eu tenha visto, ninguém.
Pois é… Não nos esqueçamos que, há menos de dois meses, a presidente fez as pazes com lideranças que haviam sido defenestradas do governo sob suspeita de corrupção. E boa parte das pessoas que estão nas ruas hoje grita contra… a corrupção.
Dilma também não deve ter gostado dessa conversa de venda de helicóptero. Entendo. Como esquecer esta notícia, publicada pela Folha no dia 27 de novembro do ano passado, há meros sete meses? Volto em seguida:
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Por Igor Gielow:
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Por Igor Gielow:
Sem alarde para evitar a repetição da polêmica que envolveu a compra do Aerolula, o governo negocia a aquisição de um avião maior e mais caro que poderá servir à presidente eleita, Dilma Rousseff, e a seus sucessores.
O Aerodilma, caso seja adquirido mesmo com o cenário de contenção de gastos do governo, deverá ser um aparelho europeu da Airbus -um modelo de reabastecimento aéreo A330-MRTT, equipado com área VIP presidencial e assentos normais.
O avião custa até cinco vezes os US$ 56,7 milhões (R$ 98 milhões na sexta-feira) pagos em 2005 pelo Aerolula, um Airbus-A319 em versão executiva.
Justificar tal despesa seria complicado, como foi em 2005, e seria fonte certa de desgaste para Dilma, que até onde se sabe não foi informada sobre a ideia. Assim, juntou-se a fome com a vontade de comer, e a nova compra está sendo camuflada por uma necessidade real.
(…)
Encerro
Boa parte das pessoas que estão nas ruas grita contra a gastança irresponsável dos nababos. O Brasil era mesmo uma festa! Ooops! Paris era uma festa. O Brasil é uma farra!
02 de julho de 2013
Reinaldo Azevedo - UOL
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