Oito anos depois do início do escândalo do mensalão, o Banco Central (BC) fechou as portas do Banco Rural.
De acordo com a autoridade monetária, a instituição financeira mineira cometeu “graves violações” às normas do sistema financeiro, tinha a situação econômico-financeira comprometida com a possibilidade de sucessivos prejuízos com um risco “anormal” para parte dos credores.
E não tinha um plano viável para a recuperação da situação do banco.
A partir de agora, ficam indisponíveis os bens dos controladores e dos ex-administradores da instituição.
A liquidação abrange, por extensão, as demais empresas do conglomerado: o Banco Rural de Investimentos, o Banco Rural Mais, o Banco Simples S.A, e a Rural Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A.
Segundo o BC, todo o grupo detinha apenas 0,07% dos ativos e 0,13% dos depósitos do sistema financeiro.
“O Banco Central está tomando todas as medidas cabíveis para apurar as responsabilidades, nos termos de suas competências legais de supervisão do sistema financeiro. O resultado das apurações poderá levar à aplicação de medidas punitivas de caráter administrativo e a comunicações às autoridades competentes, observadas as disposições legais aplicáveis”.
O Banco Rural esteve no centro do escândalo do mensalão, julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no ano passado.
Os dirigentes da instituição financeira foram condenados pela Corte no julgamento, acusados de terem participado da concessão e renovação de empréstimos fictícios que serviam para financiar o esquema ilícito de compra de votos.
03 de agosto de 2013
in aluizio amorim
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