"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 7 de agosto de 2013

INFLAÇÃO (OFICIAL NA FEIRA) DE DILMA ACUMULA ALTA DE 6,27 EM DOZE MESES

 

Inflação avança 0,03% em julho, acumulando alta de 6,27% em doze meses.  O grupo Alimentação e Bebidas apresentou queda de 0,33% em julho, diz IBGE. É a primeira deflação desde julho de 2011
 
A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), índice oficial no país, foi de 0,03% em julho. No ano, a variação é de 3,18%, enquanto em doze meses a alta acumulada chega a 6,27%. Com o resultado de julho, o IPCA em doze meses volta a ficar dentro do limite da meta do governo, que é de 4,5% com margem de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
 
O resultado veio dentro da expectativa dos analistas. Projeções reunidas pela agência Bloomberg variavam entre deflação de 0,13% e inflação de 0,20% no mês de julho.
 
O grupo Alimentação e Bebidas se manteve em processo de desaceleração e, após a taxa de 0,04% em junho, chegou a apresentar queda de 0,33% em julho, com impacto de –0,08 ponto percentual. Desde julho de 2011, cujo resultado foi de -0,34%, não ocorria deflação nos alimentos. Das 11 regiões pesquisadas, apenas Porto Alegre e Curitiba, que ficaram, respectivamente, com 0,07% e 0,15%, deixaram de mostrar os preços dos alimentos em queda.
 
Em junho, os alimentos já tinham dado uma trégua na inflação. A inflação pelo IPCA foi de 0,26% em junho, com alta de 3,15% nos cinco primeiros meses do ano e de 6,70% no acumulado em doze meses, ficando acima do teto da meta de inflação estabelecido pelo governo. Os alimentos subiram 0,04% em junho, ante 0,31% em maio.
 
O mês de julho também foi de queda no preço da cesta básica em todas as capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o que ocorreu pela primeira vez desde maio de 2007. Das 18 cidades analisadas – em 2007, eram 16 –, as maiores quedas ocorreram em Brasília (-8,86%), Florianópolis (-7,61%), Porto Alegre (-7,06%); as menores, em Salvador (-0,18%), Vitória (-1,55%) e Manaus (-1,82%).
 
Em julho, além dos alimentos, o grupo Transportes registrou deflação de 0,66%. É a maior queda desde junho de 2012. Alimentos e transportes têm peso de 43,80% no índice. As tarifas de ônibus urbanos, após as manifestações que tomaram conta do Brasil no mês passado, ficaram 3,32% mais baratas. Das onze regiões pesquisadas, em sete delas ocorreu queda. Os artigos de vestuário também tiveram deflação, com recuo de 0,39%.
 
Item “empregado doméstico” tem alta de 1,45% em julho
 
Por outro lado, entre as despesas pessoais, o item “empregado doméstico” apresentou alta de 1,45%. Houve avanço também em recreação e cabeleireiro, com variação de 0,25% e 1,62%, respectivamente.
 
Avanço também em Habitação. Com alta de 0,57%, o grupo foi puxado por aluguel (0,83%) e taxa de água e esgoto (0,64%). Supresa também em energia elétrica. Mesmo com a redução de 31,4% em impostos, as contas de luz de Curitiba tiveram reajuste de 6,54%. Com isso, houve avanço, segundo o IPCA, de 3,59%, destacou o IBGE.

07 de agosto de 2013
Lucianne Carneiro e Bruno Rosa - O Globo

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