Li no jornal O Estado de São Paulo uma longa entrevista do Rabino Henry Sobel dada à jornalista Laura Greenhalgh, que, após saber que o mesmo deixará o Brasil, o procurou para essa entrevista. Como se sabe, o Rabino foi afastado da Congregação Israelita Paulista desde o rumoroso caso que o envolveu em um furto de gravatas ocorrido no ano de 2007, em uma loja de Palm Beach, nos Estados Unidos.
Na ocasião, a principal versão que circulou na grande imprensa para justificar o ato foi o fato de que ele fazia uso de medicamentos controlados, sedativos, os quais o teriam induzido a tal prática. Como médico, e conhecendo a farmacologia, ou seja a interação das substâncias químicas com o sistema biológico, e também a farmacocinética, etapas que a droga sofre desde a administração, passando pela biodisponibilidade até a excreção, enviei na época, para o Fórum dos leitores do Estadão, uma despretensiosa carta negando que isso fosse possível por conta do medicamento em uso.
Foi o suficiente para que a comunidade Israelita de São Paulo, do Rio de Janeiro e de outras cidades onde o jornal tem penetração, me bombardeasse com um inesperado volume de e-mails. Tenho todos arquivados. Acontece que nessa recente entrevista (08/08/2013 - A-8) o senhor Sobel confessa, segundo suas próprias palavras - "Furto foi falha moral, não doença" -
Como eu não engulo sapos, mesmo passados seis anos, quero lembrar a todos que me criticaram, inclusive alguns que classificaram meu comentário de puro antissemitismo, preconceito esse que nunca tive, nem tenho, que meu e-mail (hlffilho@gmail.com) continua à disposição de todos.
09 de agosto de 2013
Humberto de Luna Freire Filho é Médico.
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