"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 9 de agosto de 2013

OS PARLAMENTARES PERDERAM O RESPEITO AO POVO QUE DIZEM REPRESENTAR


                
Em algum lugar do passado os parlamentares perderam o respeito para com a população e, o mais grave: o medo de qualquer reação popular!

Acredito que tenha sido depois da retomada da democracia que a política tratou de ir em busca de compensação pelas cassações, perseguições, fechamento do Congresso, e dizer ao povo quem era que de fato mandava no Brasil.

De lá para cá, vivemos sob a égide da impunidade, dos escândalos, da desfaçatez, da corrupção desmedida, que atribuem aos parlamentares brasileiros a condição de casta, de uma classe inatingível pelas leis, que elabora seus próprios métodos de enriquecimento mediante extorsão do erário através das despesas de viagens que não suportariam meia hora de auditoria, acordos extra-parlamentares, comissões, licitações forjadas, enfim, o Congresso brasileiro se transformou no antro do mal, no templo da vergonha, na basílica da imoralidade, na catedral da desonra, no monastério onde se formam sacerdotes sem ética, honra e decência.

Não creio que haja no mundo um parlamento tão prejudicial à imagem de uma nação quanto o nosso, tão inútil, incompetente, incapaz e desonesto na sua raiz, nas suas entranhas, no âmago da sua construção.

CASTA PODEROSA

Eu os classifico como párias muito bem remunerados, daí eu os denominar de casta, abastada, poderosa, que trafica impunemente a influência, que explicita seu fisiologismo, que escancara seus roubos através de notas fiscais de despesas pessoais falsas, que se revelam como o grupelho TRAIDOR da Pátria, indivíduos abjetos e destituídos de dignidade, probidade e caráter.

E não me venham dizer mediante sofismas que eles são o retrato da sociedade, ledo engano. Com as exceções de praxe, eles representam a ganância, o egoísmo, a formação de uma quadrilha de 81 senadores e 513 deputados federais cujo objetivo primordial é locupletaram-se pessoalmente e a seus familiares, parentes e apaniguados.

O senador Collor, o pior e mais cruel presidente da nossa História, um insano e vaidoso indivíduo que odiava o povo e o Brasil, que adorava cultos satânicos, mediante declarações de sua ex-mulher, comprova o festival de gastos irresponsáveis que o Congresso autoriza às nossas custas, uma população analfabeta funcionalmente, que não se dá conta dos prejuízos que sofre diariamente com o dinheiro arrecadado dos impostos escorchantes de seus bolsos e que abarrota as burras de nossos parlamentares, que não precisam “trabalhar” em nosso favor em consequência.

COLLOR, O GASTADOR

Collor gastou este ano de 2013, até julho, a quantia fabulosa de, a título de despesas pessoais, afora o excelente salário como senador, R$ 216.329,88, em média, a cada mês, R$ 30.904,27.
Considerando que Suas Excelências, os outros senadoras e senadores, gastem o mesmo, apenas o Senado extirpa dos cofres públicos a quantia astronômica anual de quase R$ 31 milhões para pagar gastos pessoais.

Levando em conta o preço de uma casa popular, na ordem de dez mil reais, os senadores gastam em jantares, passeios, aluguel de carros de luxo, passagens de avião, em prazeres e satisfações particulares, repito, sem contar os proventos oficiais, o equivalente a TRÊS MIL CASAS POPULARES. Isso, sem contar os gastos da Câmara Federal e seus 513 integrantes. Certamente a palavra ÉTICA não poderia mesmo figurar no dicionário dos parlamentares brasileiros. Pena que tenha sido reincluída no Código de Conduta do Senado.

09 de agosto de 2013
Francisco Bendl

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