"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 11 de abril de 2012

ESTRATÉGIA DE DEMÓSTENES É DEIXAR O TEMPO PASSAR, PARA VER COMO É QUE FICA

O senador Demóstenes Torres (ex-DEM, sem partido) planeja esperar que o STF (Supremo Tribunal Federal) analise o pedido de anulação dos indícios contra ele nas investigações da Polícia Federal para só então discutir uma eventual renúncia, informa reportagem de Leandro Colon e Gabriela Guerreiro, publicada na Folha.

A estratégia da defesa de Demóstenes é retardar ao máximo qualquer decisão: por isso, o primeiro passo é entrar no Supremo com um pedido para que seja anulado o poder de prova das gravações telefônicas que ligam o senador ao empresário-bicheiro Carlinhos Cachoeira, acusado de explorar jogo ilegal.
O defesa do senador alega que ele, por ter foro privilegiado no Supremo, não poderia ter sido monitorado sem o aval do tribunal. E vai ganhando tempo, enquando aguarda uma resposta.

O que já se sabe é que ele não vai renunciar. Juridicamente, avalia o senador, uma renúncia a esta altura levaria o seu caso para o Tribunal de Justiça de Goiás, onde tem foro como procurador de Justiça. Lá, corre o risco de ter sua prisão pedida, o que hoje ele descarta no âmbito da Procuradoria-Geral da República.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG

E o tempo vai passando, garantindo a impunidade do exemplar senador goiano. O que pouca gente sabe é que, para punir a corrupção, não há necessidade de mudar as leis. O que tem de ser alterado é a forma da aplicação das lei, para evitar os recursos protelatórios e as brechas no processo civil e no processo penal. Mas quem se interessa?

tribuna da internet
11 de abril de 2012

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