Gangue de alunos
aterrorizam menores em escola da capital. Usam sprays como lança-chamas
para queimar os cabelos de colegas. Na mesma escola onde vigilantes e catorze
professores estão afastados de suas respectivas funções por não poderem lidar
com estes casos de polícia, uma professora salva de agressão uma criança de 7
anos. Sua recompensa: ser agredida pela mãe do aluno criminoso.
As autoridades
ouvidas, conhecedoras do problema, agem como de costume: fazem sindicâncias para
ouvir as partes. A diretora pedagógica da Secretaria Municipal da Educação,
Eliane Meleti, disse que o caso em que uma professora defendeu um aluno de 7
anos contra a agressão de outro aluno mais velho, e que foi agredida pela mãe do
aluno “violento”, é um caso isolado.
Ver em Zero Hora de
10/04/2012:
http://www.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a3722151.xml&template=3898.dwt&edition=19366§ion=1003
Pois essa
professora deve ter visto milhares de casos isolados como esse.
O que não é um
“caso isolado” é a derrotada pedagogia da violência, a pedagogia da burrice, a
pedagogia do aluno analfabeto depois de 5 anos de escolarização. O que não é um
“caso isolado” é a devastadora conseqüência de uma pedagogia 100% ideológica. Há
vinte anos afundamos na educação freireana, a principal culpada deste estado
calamitoso de coisas. É claro que a sociedade toda foi impactada por essa
“pedagogia”. O comportamento criminoso da mãe comprova isso com
facilidade.
A propósito, tal
comportamento criminoso em prol do filho criminoso, a sociedade chama de
“violência”. Isso não é coincidência. A mídia há muitos anos trocou a expressão
crime (o que está capitulado no Código Penal em vigor) pela expressão violência.
Pronto, estava apagada a denotação crime e implantada a regra social do
politicamente correto que protege os “cidadãos”. Milagrosamente desapareceram os
crimes e os criminosos. Curioso, a Escola em questão tem como lema “educar é
proteger”.
E assim começou
a “pacificação de bandidos e de alunos”, heróis modernos da sociedade brasileira
acima de qualquer imputação. O caso escolar em pauta, o caso isolado da infeliz pedagoga, está destinado
a ser esquecido e embrulhado para ser jogado na vala comum da indiferença e da
incapacidade de reação dessa mesma sociedade.
Não há solução à
vista. O Brasil não se recuperará mais com esse espírito de covardia e de
submissão diante de “autoridades” que somente enxergam “casos isolados”. Isso é
uma espécie de psicopatia que prima pela negação do óbvio, algo parecido com o
que se passa na cabeça de um maníaco assassino, um serial killer que
nada sente, que é totalmente indiferente à dor alheia. Até a negação como
mecanismo de defesa, segundo a psiquiatria, tem limites. Não podemos negar a
realidade dos comportamentos criminosos, assim como não podemos negar a
realidade dos números: o Brasil afunda velozmente no item Educação. Batemos
recordes de notas baixas, de mau aproveitamento. Os alunos brasileiros já estão
incapazes de manter atenção nas escolas por mais de 15 minutos. A “rebeldia”,
palavra também usada por pedagogos com muita freqüência, na verdade é uma reação
de ódio, de egoísmo destrutivo; um sintoma gravíssimo de alienação pessoal,
social.
A família
brasileira (ou A NOVA FAMÍLIA BRASILEIRA, como a batizei), está em sintonia com
esse egoísmo e com essa primitiva maneira de viver, ficou assim nos últimos
vinte anos.
Essa sociedade
não conhece mais o mérito. Ela premia e “facilita” a vida de crianças e adultos.
A função dessa sociedade é aplicar o preceito do Instituto Tavistock:
“Mantenha-os indisciplinados, deseducados, desorganizados, confusos,
distraídos, alienados, drogados, e obcecados por sexo”.
A confusão e a
alienação a que essa sociedade chegou é um fruto previsível do que foi plantado
no mundo há 60 anos, e no Brasil há vinte anos. A gangue escolar do Morro da
Cruz não é um caso isolado infelizmente. É a própria existência da nossa
sociedade. A pedagogia oficial e única no Brasil não é um caso isolado.
11 de abril de 2012
charles london
Nenhum comentário:
Postar um comentário