Romário, até agora o deputado com voz de maior ressonância para assuntos do futebol, atento fiscalizador dos desmandos nos gastos públicos com a Copa 2014, mudou de time.
Menos de 24 horas depois de ter declarado “que o Brasil passará vergonha, porque a Copa da mentira onde tudo será maquiado”, Romário aplaudiu nesta quarta-feira o presidente da CBF, José Roberto Marin, ao qual deu crédito explícito.
Depois de um discurso emocionado, em que narrou, inclusive, passagens de sua vida conjugal para demonstrar a importância que assumiu no cenário do futebol mundial, Marin apelou para Romário se juntar à equipe da CBF e fazer “a maior Copa de todos os tempos”.
Quem sabe emocionado com o que ouviu do cartola, Romário foi ao encontro de Marin e estendeu a mão. Depois, sorriu para os fotógrafos e fez a alegria de cinegrafistas.
Era o desfecho de relações opostas e a rendição da última resistência política de combate à CBF,representante dos que pedem jogo aberto e transparência financeira nas contas da Copa 2014.
Esqueceu-se Romário, sabe-se lá o motivo, que Marin era vice de Ricardo Teixeira. Marin integrou a equipe que levou RT sair pela porta dos fundos da CBF. Eram amigos, parceiros fieis que deram sustentação a um esquema suspeitíssimo de corrupção por muitos anos.
Nessa reunião de surpresas, Romário também contribuiu para dar mais alegria aos cartolas. Ao se posicionar na equipe da CBF, reforçou o time paulista que, sabe-se, tem eterna briga com a cartolagem carioca.
Gol duplo do Baixinho, mas cuja atuação deixou órfãos Brasil afora, os que apostavam na sua atuação independente, longe dos poderosos e, principalmente, de espertos cartolas.
Hoje, a CBF não precisa mais de uma “Bancada da Bola” – equipe de parlamentares que tirou Ricardo Teixeira de muito aperto. Mas se ela viesse a ser convocada, seria triste ver o Baixinho alinhado nesse time. Que pena!
16 de abril de 2012
josé cruz
NOTA AO PÉ DO TEXTO
Realmente, ficamos com aquele sentimento de que poucos podem sobreviver no Reino do Poder.
Fico curioso: o que será que leva pessoas 'relativamente' sérias, a desistirem da maratona da honestidade? Da maratona da transparência?
Qual será o antídoto capaz de imunizar um homem do meio insalubre da política? Veneno de cobra preparado em tacho de bruxaria? Rabo de camaleão com alho poró para evitar mudar de cor? Ou apenas um bom chá de erva vergonha?
Quando imaginava, eu e tantos outros por esse mundão afora, que Romário seria uma espécie de linha maginot, eis que tomba mal se inicia o combate... Nem desconfiei de tanta valentia. Fiquei na 'encolha' olhando pelo desvão, para medir o tempo da resistência. Desconfiança, que já me incomodava, tanto era o discurso do baixinho convincente.
Enfim, não demorou essas coisas... Será apenas mais uma voz consonante com o que há de pior.
m.americo
Menos de 24 horas depois de ter declarado “que o Brasil passará vergonha, porque a Copa da mentira onde tudo será maquiado”, Romário aplaudiu nesta quarta-feira o presidente da CBF, José Roberto Marin, ao qual deu crédito explícito.
Depois de um discurso emocionado, em que narrou, inclusive, passagens de sua vida conjugal para demonstrar a importância que assumiu no cenário do futebol mundial, Marin apelou para Romário se juntar à equipe da CBF e fazer “a maior Copa de todos os tempos”.
Quem sabe emocionado com o que ouviu do cartola, Romário foi ao encontro de Marin e estendeu a mão. Depois, sorriu para os fotógrafos e fez a alegria de cinegrafistas.
Era o desfecho de relações opostas e a rendição da última resistência política de combate à CBF,representante dos que pedem jogo aberto e transparência financeira nas contas da Copa 2014.
Esqueceu-se Romário, sabe-se lá o motivo, que Marin era vice de Ricardo Teixeira. Marin integrou a equipe que levou RT sair pela porta dos fundos da CBF. Eram amigos, parceiros fieis que deram sustentação a um esquema suspeitíssimo de corrupção por muitos anos.
Nessa reunião de surpresas, Romário também contribuiu para dar mais alegria aos cartolas. Ao se posicionar na equipe da CBF, reforçou o time paulista que, sabe-se, tem eterna briga com a cartolagem carioca.
Gol duplo do Baixinho, mas cuja atuação deixou órfãos Brasil afora, os que apostavam na sua atuação independente, longe dos poderosos e, principalmente, de espertos cartolas.
Hoje, a CBF não precisa mais de uma “Bancada da Bola” – equipe de parlamentares que tirou Ricardo Teixeira de muito aperto. Mas se ela viesse a ser convocada, seria triste ver o Baixinho alinhado nesse time. Que pena!
16 de abril de 2012
josé cruz
NOTA AO PÉ DO TEXTO
Realmente, ficamos com aquele sentimento de que poucos podem sobreviver no Reino do Poder.
Fico curioso: o que será que leva pessoas 'relativamente' sérias, a desistirem da maratona da honestidade? Da maratona da transparência?
Qual será o antídoto capaz de imunizar um homem do meio insalubre da política? Veneno de cobra preparado em tacho de bruxaria? Rabo de camaleão com alho poró para evitar mudar de cor? Ou apenas um bom chá de erva vergonha?
Quando imaginava, eu e tantos outros por esse mundão afora, que Romário seria uma espécie de linha maginot, eis que tomba mal se inicia o combate... Nem desconfiei de tanta valentia. Fiquei na 'encolha' olhando pelo desvão, para medir o tempo da resistência. Desconfiança, que já me incomodava, tanto era o discurso do baixinho convincente.
Enfim, não demorou essas coisas... Será apenas mais uma voz consonante com o que há de pior.
m.americo
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