Sebastião Nery publicou aqui no Blog bela crônica sobre aquele amor em
Moscou. Vivi algo semelhante nos conturbados dias de agosto de 1970, em
Montevideu, quando os tupamaros sequestraram o consul brasileiro Aloysio Gomide,
o agente da Cia Dan Mitrione e o funcionário da FAO, Claude Fly.
Conheci uma jovem tupamara e tivemos um romance daqueles que só jornalistas em missão especial sabem o quanto isso é gostoso. Fui enviado pelo Estadão (era da sucursal de Porto Alegre) e meu companheiro de quarto (Hotel República, Plaza Entrevero, centro de Montevideu) era o saudoso Inajar Souza.
Lá, na cobertura do caso, estavam também o Paulo Totti (Veja, chefe da sucursal de Porto Alegre) e o Henrique Caban (O Globo). Sobre o Caban, uma curiosidade. Emprestei uma gravata para ele, que desejava ir ao Cassino de Carrasco. Ganhou na roleta e ficou com a gravata que lhe dava sorte.
Mas a jovem tupamara era uma mulher meiga, linda e de uma sensualidade, digamos, revolucionária. Trabalhava no telex e eu furava a fila dando-lhe o meu material para ser picotado e enviado a São Paulo, na frente dos colegas.
Saíamos à noite, após o trabalho, para jantares e amores incríveis. Voltei diversas vezes a Montevideu a serviço, mas a perdi inexplicavelmente. Queria casar e viver no Brasil, mas aí, com tais compromissos, perde a graça a aventura vivida em dias sombrios numa Montevideu fria, invernosa e cheia de soldados nas ruas.
Nery, um abraço do colega que admira suas boutades diárias na Tribuna On Line.
06 de abril de 2012
Rogério Mendelski
Conheci uma jovem tupamara e tivemos um romance daqueles que só jornalistas em missão especial sabem o quanto isso é gostoso. Fui enviado pelo Estadão (era da sucursal de Porto Alegre) e meu companheiro de quarto (Hotel República, Plaza Entrevero, centro de Montevideu) era o saudoso Inajar Souza.
Lá, na cobertura do caso, estavam também o Paulo Totti (Veja, chefe da sucursal de Porto Alegre) e o Henrique Caban (O Globo). Sobre o Caban, uma curiosidade. Emprestei uma gravata para ele, que desejava ir ao Cassino de Carrasco. Ganhou na roleta e ficou com a gravata que lhe dava sorte.
Mas a jovem tupamara era uma mulher meiga, linda e de uma sensualidade, digamos, revolucionária. Trabalhava no telex e eu furava a fila dando-lhe o meu material para ser picotado e enviado a São Paulo, na frente dos colegas.
Saíamos à noite, após o trabalho, para jantares e amores incríveis. Voltei diversas vezes a Montevideu a serviço, mas a perdi inexplicavelmente. Queria casar e viver no Brasil, mas aí, com tais compromissos, perde a graça a aventura vivida em dias sombrios numa Montevideu fria, invernosa e cheia de soldados nas ruas.
Nery, um abraço do colega que admira suas boutades diárias na Tribuna On Line.
06 de abril de 2012
Rogério Mendelski
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