Meu amigo Adilson Minossi de Oliveira astuto observador da fauna humana sediado em Florianópolis, de vez em quando chama minha atenção a coisas importantes que lhe chamam a atenção.
Hoje me enviou um recorte sobre o cientista James Lovelock, pai do catastrofismo da teoria da estufa
e também da teoria de Gaia.
Lovelock sempre falou que bilhões morreriam pelo aquecimento global e que alguns poucos sobreviveriam nas calotas polares. Ganhou muitas honrarias e vendeu muitos livros com isto.
Lovelock está com 92 anos. É uma espécie de autodidata misturado com graduado, ou seja, começou a trabalhar em química após um curso técnico interrompido depois de dois anos de estudo, voltou a estudar esporadicamente em vários campos da ciência e acumulou créditos que lhe permitiram graduar-se em vários campos e até mesmo obter doutorados.
Sem dúvida isto é muito louvável, mas lendo o que escreveu sobre si mesmo ao longo doa anos constatamos que normalmente desenvolvia uma teoria e depois saia à cata de dados que a corroborassem. Tinha, e tem, uma capacidade de ignorar o que não lhe serve.
Quarenta anos atrás começou a desenvolver teorias que levaram aos conceitos do aquecimento global. Como presidente de Royal Society (Real Sociedade de Ciência) tinha muita influência moral sobre o tipo de pesquisa a ser desenvolvido por jovens cientistas.
Foi o principal guru do efeito estufa.
Em entrevista ao site da rede americana MSNBC, Lovelock disse que o comportamento do clima da Terra desde o ano 2000 contrariou suas previsões mais pessimistas, e que serão necessários mais estudos para entender o futuro do planeta. Agora, subitamente, quando as temperaturas da Terra estão caindo, se retrata:
“O problema é que não sabemos o que o clima está fazendo, embora achássemos que sabíamos 20 anos atrás. Isso levou à publicação de alguns livros alarmistas, inclusive os meus”.
“O clima continua fazendo os seus truques de sempre. Não tem nada de muito emocionante acontecendo agora. Deveríamos estar a meio caminho de fritarmos, mas não é isso o que está ocorrendo.”
Lovelock estranha que a temperatura global da Terra não tenha passado por algum aumento nos últimos 12 anos, enquanto os níveis atmosféricos de CO2 (gás carbônico ou dióxido de carbono), principal gás que esquenta o planeta, continuam subindo e batendo recordes.
O cientista passou muito tempo sem aceitar os fatos que negavam suas teorias. Um dos principais argumentos que não lhe eram úteis é o fato de serem detectados nos depósitos de carbono nas camadas de gelo das calotas mostravam aumentos de gás carbônico na atmosfera ao longo dos séculos quando havia grandes erupções de vulcões. Um vulcão como o Krakatoa ou o Pinatubo ao explodir joga mais carbono para cima do que toda a atividade humana de hoje. E mais, suas cinzas atingem enormes faixas em torno da terra, seja qual for o local da erupção.
Outro fator interessante não considerado pelos catastrofistas é o efeito do desmatamento. Tem a história das florestas e a produção de oxigênio. Um estudo das matas do hemisfério norte, acossadas por incêndios florestais mostram que se por um lado sua queima joga na atmosfera cinzas, ou seja, carbono, por outro lado, nas décadas subseqüentes a sua regeneração gera mais oxigênio e fixa mais carbono do que as matas mais velhas.
Plantas mais velhas crescem pouco e fixam pouco carbono. Plantas mais novas ainda em crescimento têm este efeito. E isto é válido para plantações de árvores para consumo na produção de papel, é válido para as colheitas de trigo e milharais, ou parreiras para uvas e vinho e até para o jardim do seu condomínio.
Esses fatos, comprovados, não teorias, não se encaixavam nos cânones científicos das últimas décadas.
É inevitável lembrar o que aconteceu aos primeiros arautos da assepsia na medicina. Semmelweis havia provado que se o médico lavasse as mãos antes de fazer um parto a ocorrência de febre puerperal caia, Joseph Lister propôs e comprovou que ao desinfetar quimicamente os campos cirúrgicos bem como as mãos e roupas dos cirurgiões a sobrevivência e cura dos pacientes era maior. Bergmann introduziu o autoclave para esterilizar os instrumentos. A cada novo passo novos sucessos.
Contudo a corrente principal da medicina achava isto ridículo. Os cirurgiões continuavam vestindo-se de preto para que o sangue não aparecesse em suas roupas, esfregando os bisturis na manga da roupa para limpá-los e achando que bactérias e microorganismos eram conto de carochinha. Todos o pioneiros acima foram, em algum momento, párias (*) na sua profissão.
Quem comanda alguma ciência inevitavelmente resiste a idéias que não partam de seu círculo limitado. E mais ainda quando está faturando alto com suas posições.
Agora deveremos ver uma retirada para posições mais seguras depois que a natureza teve o desplante de não se comportar como esperavam os climatologistas do “establishment”(*) científico.
(*) Pária – de baixa casta, desprezados.
(*) Estamento
(*) Fotomontagem: James Lovelock e alegoria sobre o efeito estufa.
08 de maio de 2012
Ralph J. Hofmann
Hoje me enviou um recorte sobre o cientista James Lovelock, pai do catastrofismo da teoria da estufa
e também da teoria de Gaia.
Lovelock sempre falou que bilhões morreriam pelo aquecimento global e que alguns poucos sobreviveriam nas calotas polares. Ganhou muitas honrarias e vendeu muitos livros com isto.
Lovelock está com 92 anos. É uma espécie de autodidata misturado com graduado, ou seja, começou a trabalhar em química após um curso técnico interrompido depois de dois anos de estudo, voltou a estudar esporadicamente em vários campos da ciência e acumulou créditos que lhe permitiram graduar-se em vários campos e até mesmo obter doutorados.
Sem dúvida isto é muito louvável, mas lendo o que escreveu sobre si mesmo ao longo doa anos constatamos que normalmente desenvolvia uma teoria e depois saia à cata de dados que a corroborassem. Tinha, e tem, uma capacidade de ignorar o que não lhe serve.
Foi o principal guru do efeito estufa.
Em entrevista ao site da rede americana MSNBC, Lovelock disse que o comportamento do clima da Terra desde o ano 2000 contrariou suas previsões mais pessimistas, e que serão necessários mais estudos para entender o futuro do planeta. Agora, subitamente, quando as temperaturas da Terra estão caindo, se retrata:
“O problema é que não sabemos o que o clima está fazendo, embora achássemos que sabíamos 20 anos atrás. Isso levou à publicação de alguns livros alarmistas, inclusive os meus”.
“O clima continua fazendo os seus truques de sempre. Não tem nada de muito emocionante acontecendo agora. Deveríamos estar a meio caminho de fritarmos, mas não é isso o que está ocorrendo.”
Lovelock estranha que a temperatura global da Terra não tenha passado por algum aumento nos últimos 12 anos, enquanto os níveis atmosféricos de CO2 (gás carbônico ou dióxido de carbono), principal gás que esquenta o planeta, continuam subindo e batendo recordes.
O cientista passou muito tempo sem aceitar os fatos que negavam suas teorias. Um dos principais argumentos que não lhe eram úteis é o fato de serem detectados nos depósitos de carbono nas camadas de gelo das calotas mostravam aumentos de gás carbônico na atmosfera ao longo dos séculos quando havia grandes erupções de vulcões. Um vulcão como o Krakatoa ou o Pinatubo ao explodir joga mais carbono para cima do que toda a atividade humana de hoje. E mais, suas cinzas atingem enormes faixas em torno da terra, seja qual for o local da erupção.
Outro fator interessante não considerado pelos catastrofistas é o efeito do desmatamento. Tem a história das florestas e a produção de oxigênio. Um estudo das matas do hemisfério norte, acossadas por incêndios florestais mostram que se por um lado sua queima joga na atmosfera cinzas, ou seja, carbono, por outro lado, nas décadas subseqüentes a sua regeneração gera mais oxigênio e fixa mais carbono do que as matas mais velhas.
Plantas mais velhas crescem pouco e fixam pouco carbono. Plantas mais novas ainda em crescimento têm este efeito. E isto é válido para plantações de árvores para consumo na produção de papel, é válido para as colheitas de trigo e milharais, ou parreiras para uvas e vinho e até para o jardim do seu condomínio.
Esses fatos, comprovados, não teorias, não se encaixavam nos cânones científicos das últimas décadas.
É inevitável lembrar o que aconteceu aos primeiros arautos da assepsia na medicina. Semmelweis havia provado que se o médico lavasse as mãos antes de fazer um parto a ocorrência de febre puerperal caia, Joseph Lister propôs e comprovou que ao desinfetar quimicamente os campos cirúrgicos bem como as mãos e roupas dos cirurgiões a sobrevivência e cura dos pacientes era maior. Bergmann introduziu o autoclave para esterilizar os instrumentos. A cada novo passo novos sucessos.
Contudo a corrente principal da medicina achava isto ridículo. Os cirurgiões continuavam vestindo-se de preto para que o sangue não aparecesse em suas roupas, esfregando os bisturis na manga da roupa para limpá-los e achando que bactérias e microorganismos eram conto de carochinha. Todos o pioneiros acima foram, em algum momento, párias (*) na sua profissão.
Quem comanda alguma ciência inevitavelmente resiste a idéias que não partam de seu círculo limitado. E mais ainda quando está faturando alto com suas posições.
Agora deveremos ver uma retirada para posições mais seguras depois que a natureza teve o desplante de não se comportar como esperavam os climatologistas do “establishment”(*) científico.
(*) Pária – de baixa casta, desprezados.
(*) Estamento
(*) Fotomontagem: James Lovelock e alegoria sobre o efeito estufa.
08 de maio de 2012
Ralph J. Hofmann
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