A imprensa do país pára entre a farsa da “Pizza de Cachoeira” da CPI e a “importantíssima” notícia de que vazaram na Internet as fotos da Carolina Dieckmann pelada.
A primeira notícia nada mais é do que uma cortina de fumaça para tirar o foco da marmelada que vem sendo armado no STF para atrasar o julgamento do Mensalão e garantir a impunidade para a corja de ladrões que posa de autoridade em nossa pobre nação bovina.
A segunda, mesmo reconhecendo a sua importância de caráter pessoal para a atriz, não merecia o destaque profundo e rico em detalhes que a mídia vem dando a um caso de impacto meramente individual.
Com isso, a desinformação é levada ao máximo da cara-de-pau e assuntos de extrema importância para o futuro de nosso país ficam relegados a notinhas de rodapé ou a menções “de passagem” nos jornais e blogues aqui e ali.
Um dos exemplos desses assuntos é a descoberta de dez pistas de pouso clandestinas em reservas indígenas espalhadas pela Região Norte.
Depois da onde de demarcação de reservas imensas nas áreas de fronteira de nosso território, multiplicaram-se os casos de pistas clandestinas, invasões de tropas estrangeiras (notadamente da Bolívia) e a exploração de riquezas minerais e vegetais nessas áreas por estrangeiros.
O governo federal ignora o perigo e os prejuízos cada vez maiores envolvidos nessas práticas ilegais e da liberdade total aos índios para fazerem o que quiserem em suas terras; transformando-as em verdadeiras terras sem lei. Os casos de presença estrangeira ou de bandidos nessas reservas é tão grave que preocupa até a própria FUNAI que defendia a criação dessas reservas com unhas e dentes.
O mesmo se deu com a tomada pelos índios das terras entregues a colonos pelo governo da Bahia há mais de quarenta anos. Mesmo nunca tendo havido habitação indígena na região (é sempre bom lembrar que a área estava sendo estudada para ser transformada em reserva para índios que viriam de outras localidades, mas isso nunca aconteceu). Ao entregar terras férteis e legalmente produtivas há mais de quarenta anos, o STF interrompe o ciclo produtivo da região e a lança imediatamente no risco de ser utilizada por traficantes e contrabandistas de toda espécie como as demais.
O sucesso dos índios, impulsionados por ONG’s estrangeiras e aliados de ocasião já está provocando uma enxurrada de reivindicações por parte de outras tribos que reclamam a posse de grandes áreas de terras férteis por todo o país.
Se somarmos a isso a questão do código florestal, que segundo os moldes em que foi concebido transformará o Brasil em importador de alimentos em poucos anos, o povo brasileiro tem que deixar de se iludir com o canto da sereia e de levar-se apenas pela propaganda bonitinha ou pelos pedidos lacrimosos dos artistas da Globo.
Nossa nação já tem mais de 1.268.000 km² de áreas ambientais protegidas (algo em torno de 14,9 % do território nacional) e mais 1.096.000 km² de reservas indígenas (mais ou menos 13% de nosso território). Isso tudo já configura quase 28% de nossa área total.
No ritmo que as coisas estão sendo levadas, muito em breve seremos nós a bradar pela criação de reservas de proteção e pelo auxílio das ONG’s internacionais para bancar o alto custo da obtenção de comida e a escassez de recursos naturais; afinal, tudo isso estará nas mãos dos índios ou de seus “amigos” norte-americanos, holandeses, franceses, alemães, noruegueses, etc…
Depois de amargar na luta contra a ditadura e contra a falta de liberdades, o brasileiro passou a achar “bonitinho” ser “de esquerda” e pecaminoso defender os interesses do país. Alguns intelectuais taxaram até de “fruto da ditadura” aulas sobre política e o funcionamento das instituições republicanas nas escolas brasileiras. Torcem o nariz para algo que é “de direita”, um ranço da ditadura e acham melhor o estudante ser desinformado, alienado e completamente obtuso em tudo que diz respeito à arte de governar e a importância que o cidadão tem nesse processo.
Nossa esquerda, nosso povo e principalmente nossos intelectuais devem compreender que o Brasil é o gigante a ser batido enquanto ainda está fraco e dominado pela corrupção, pelo atraso e pela mentalidade culpada que sempre desejaram nos impor.
A pergunta a ser respondida é bem simples e deve ser feita sempre que “mensagens bonitinhas” comecem a ser enfiadas goela abaixo da audiência visando garantir “belos interesses”:
A quem interessa inviabilizar nossa produção agrícola de larga escala, nossa exploração de recursos naturais vastíssimos, o domínio total de nosso próprio território e a manutenção de nossos jovens na ignorância e no obscurantismo sobre sua própria cidadania?
Certamente não a nós.
08 de maio de 2012
visão panorâmica
Nenhum comentário:
Postar um comentário