Aqui na cidade onde moro, Belluno (Nordeste da Itália), apesar de pequena tem um excelente banda municipal. Muitas vezes, aos domingos, se apresenta na praça principal. Não perco o acontecimento pelo fato de gostar muito de bandas.
De uma feita estavam eles lá tocando, em frente a um bar que tem as mesinhas do lado de fora. Aboletei-me numa e fiquei curtindo os boleros que apresentava num “pot-pourri”: Noches de Ronda, Maria Helena, Adelita, Besame Mucho e por aí a fora.
Deram uma parada de intervalo, mas ninguém aplaudiu, fiquei indignado e em tom de esporro, conclamei os espectadores a fazê-lo, talvez pela surpresa do inusitado todos seguiram meu pedido e em retribuição, receberam o agradecimento do jovem maestro, inclinado-se para frente junto com seus comandados.
A apresentação ia terminar e o maestro, dirigindo-se ao público e olhando ara mim disse: Vou encerrar com uma música que ofereço ao nosso amigo “brasiliano”.
Um aparte: nos 50 anos que vivi no Brasil, meus amigos chamavam-me de “italiano”, aqui, apesar de ser filho da terra sou tratado por “il brasiliano” (o brasileiro).
Voltando. O maestro postou-se diante dos músicos e furiosamente atacou com uma impecável Aquarela do Brasil, a coisa me emocionou e ao enxugar uma furtiva lágrima que teimava em me escorrer pela barba, fui flagrado pelo maestro, que me deu um sorriso de cumplicidade.
Fiquei pensando que depois de mais de 70 sua composição (1939) por Ary Barroso (1903/64), essa música continuava a simbolizar o Brasil no mundo.
O fato que a tornou famosa, além da qualidade da composição, foi ter gerado um filme homônimo pela Walt Disney Production em 1950, que marca também a estréia do personagem Zé Carioca.
Ao ver o vídeo não pude deixar pensar que naquele tempo as cachoeiras do Brasil eram de água cristalina e hoje estão contaminadas pelo Carlinhos com a conivência do governo petista num esgoto a céu aberto.
08 de maio de 2012
giulio sanmartini
De uma feita estavam eles lá tocando, em frente a um bar que tem as mesinhas do lado de fora. Aboletei-me numa e fiquei curtindo os boleros que apresentava num “pot-pourri”: Noches de Ronda, Maria Helena, Adelita, Besame Mucho e por aí a fora.
A apresentação ia terminar e o maestro, dirigindo-se ao público e olhando ara mim disse: Vou encerrar com uma música que ofereço ao nosso amigo “brasiliano”.
Voltando. O maestro postou-se diante dos músicos e furiosamente atacou com uma impecável Aquarela do Brasil, a coisa me emocionou e ao enxugar uma furtiva lágrima que teimava em me escorrer pela barba, fui flagrado pelo maestro, que me deu um sorriso de cumplicidade.
Fiquei pensando que depois de mais de 70 sua composição (1939) por Ary Barroso (1903/64), essa música continuava a simbolizar o Brasil no mundo.
O fato que a tornou famosa, além da qualidade da composição, foi ter gerado um filme homônimo pela Walt Disney Production em 1950, que marca também a estréia do personagem Zé Carioca.
Ao ver o vídeo não pude deixar pensar que naquele tempo as cachoeiras do Brasil eram de água cristalina e hoje estão contaminadas pelo Carlinhos com a conivência do governo petista num esgoto a céu aberto.
08 de maio de 2012
giulio sanmartini
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