SEM ESQUECER NEM PERDOAR
Impossível não supor que os tempos de prisão e de tortura infligidos a Dilma Rousseff no início dos Anos Setenta não se tenham incrustado nela para sempre. Uma frase do depoimento da hoje presidente da República, pronunciada em 2001, dá bem a medida de como são permanentes os sentimentos de quem sofreu naqueles idos: “As marcas da tortura sou eu”.
A inesperada revelação da única vez em que Dilma admitiu relembrar o passado, agora exposta pelos jornais Correio Braziliense e Estado de Minas, permite que se conclua porque ela se tornou rígida, áspera e intransigente em seu relacionamento com a vida e até com seus ministros. As marcas do que sofreu são ela mesma, por inteiro.
Não dá para projetar o futuro do governo Dilma sem mergulhar no que passou. Sua postura no presente constitui apenas o prolongamento daquilo que viveu antes. Assim como significa a previsão de que ela não vai mudar. Afastou a sombra do revanchismo, sem esquecer nem perdoar, mas exige de si mesma, e dos outros ao seu redor, inflexibilidade, quer dizer, comportamento íntegro, competência plena e nenhuma concessão a erros.
À medida em que decorrem os meses e os anos do mandato em curso, vão ficando visíveis as diferenças entre Dilma e o Lula. Criatura e criador deixaram de constituir uma unidade antes mesmo que o então presidente pensasse nela como sucessora. Surgem evidentes as características diversas de estilo, de modelo e de concepções. É com essa nova realidade que o PT e aliados devem raciocinar.
Por razões variadas, vai ficando sonho de noite de verão a hipótese de o Lula retornar ao governo. Será com Dilma que devem compor-se os companheiros, se pretendem conservar o poder. Sabendo que ela não perdoa nem esquece. Pior para eles…
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TENDÊNCIA NO PLENÁRIO
Só por milagre o senador Demóstenes Torres conseguirá conservar o seu mandato, quando for julgado pelo plenário do Senado. Começava a circular entre os seus colegas um arremedo de projeto de lei impossível, mas nem por isso contrário à tendência quase unânime:
“Artigo Primeiro – Considere-se extinto o cidadão Demóstenes Torres.
Artigo Segundo – Revogam-se as disposições em contrário.”
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NÃO SOBRA NINGUÉM
Quem já teve acesso ao relatório do ministro Joaquim Barbosa a respeito do mensalão espanta-se com a sua inflexibilidade. Seriam considerados culpados os 38 réus, em maior ou menor grau, mas todos passíveis de penas nada flexíveis. Como o relatório do ministro revisor, Ricardo Lewandowski, ainda é desconhecido, supõe-se que seja um pouco mais brando com relação a parte dos mensaleiros. Ainda que igualmente duro diante das figuras mais destacadas.
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QUE SE ELEJAM GOVERNADORES
No que depender da presidente Dilma Rousseff, o deputado Henrique Eduardo Alves deveria disputar o governo do Rio Grande do Norte, e o senador Renan Calheiros, o governo de Alagoas. Traduzindo: ela rejeita a pretensão de um tornar-se presidente da Câmara, e o outro, do Senado.
Pode estar nessa suposição mais uma pedra no relacionamento entre a chefe do governo e seu vice, porque Michel Temer apóia as pré-candidaturas de ambos. No PMDB, porém, essa tendência não é unânime, ainda que o partido reivindique a chefia das duas casas do Congresso. Outros pretendentes existem.
Impossível não supor que os tempos de prisão e de tortura infligidos a Dilma Rousseff no início dos Anos Setenta não se tenham incrustado nela para sempre. Uma frase do depoimento da hoje presidente da República, pronunciada em 2001, dá bem a medida de como são permanentes os sentimentos de quem sofreu naqueles idos: “As marcas da tortura sou eu”.
A inesperada revelação da única vez em que Dilma admitiu relembrar o passado, agora exposta pelos jornais Correio Braziliense e Estado de Minas, permite que se conclua porque ela se tornou rígida, áspera e intransigente em seu relacionamento com a vida e até com seus ministros. As marcas do que sofreu são ela mesma, por inteiro.
Não dá para projetar o futuro do governo Dilma sem mergulhar no que passou. Sua postura no presente constitui apenas o prolongamento daquilo que viveu antes. Assim como significa a previsão de que ela não vai mudar. Afastou a sombra do revanchismo, sem esquecer nem perdoar, mas exige de si mesma, e dos outros ao seu redor, inflexibilidade, quer dizer, comportamento íntegro, competência plena e nenhuma concessão a erros.
À medida em que decorrem os meses e os anos do mandato em curso, vão ficando visíveis as diferenças entre Dilma e o Lula. Criatura e criador deixaram de constituir uma unidade antes mesmo que o então presidente pensasse nela como sucessora. Surgem evidentes as características diversas de estilo, de modelo e de concepções. É com essa nova realidade que o PT e aliados devem raciocinar.
Por razões variadas, vai ficando sonho de noite de verão a hipótese de o Lula retornar ao governo. Será com Dilma que devem compor-se os companheiros, se pretendem conservar o poder. Sabendo que ela não perdoa nem esquece. Pior para eles…
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TENDÊNCIA NO PLENÁRIO
Só por milagre o senador Demóstenes Torres conseguirá conservar o seu mandato, quando for julgado pelo plenário do Senado. Começava a circular entre os seus colegas um arremedo de projeto de lei impossível, mas nem por isso contrário à tendência quase unânime:
“Artigo Primeiro – Considere-se extinto o cidadão Demóstenes Torres.
Artigo Segundo – Revogam-se as disposições em contrário.”
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NÃO SOBRA NINGUÉM
Quem já teve acesso ao relatório do ministro Joaquim Barbosa a respeito do mensalão espanta-se com a sua inflexibilidade. Seriam considerados culpados os 38 réus, em maior ou menor grau, mas todos passíveis de penas nada flexíveis. Como o relatório do ministro revisor, Ricardo Lewandowski, ainda é desconhecido, supõe-se que seja um pouco mais brando com relação a parte dos mensaleiros. Ainda que igualmente duro diante das figuras mais destacadas.
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QUE SE ELEJAM GOVERNADORES
No que depender da presidente Dilma Rousseff, o deputado Henrique Eduardo Alves deveria disputar o governo do Rio Grande do Norte, e o senador Renan Calheiros, o governo de Alagoas. Traduzindo: ela rejeita a pretensão de um tornar-se presidente da Câmara, e o outro, do Senado.
Pode estar nessa suposição mais uma pedra no relacionamento entre a chefe do governo e seu vice, porque Michel Temer apóia as pré-candidaturas de ambos. No PMDB, porém, essa tendência não é unânime, ainda que o partido reivindique a chefia das duas casas do Congresso. Outros pretendentes existem.
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