Segundo a corregedora, Moreira Lima disse que seu trabalho estava sendo
desqualificado pelo TRF
A corregedora Nacional de Justiça, Eliana Calmon, afirmou que ouvirá o juiz
Moreira Lima e questionará o Tribunal Regional Federal da 1ª Região se foram
adotadas providências para proteger o magistrado ou se o tribunal simplesmente
aceitou seu afastamento do cargo.
"Não podemos ter juízes covardes, juízes ameaçados. Não podemos aceitar que ameaças veladas impeçam a magistratura de exercer suas funções", afirmou a ministra. "No dia que aceitarmos tal precedente, não teremos magistrados independentes", acrescentou.
À corregedora, o juiz federal Moreira Lima afirmou que, além das ameaças veladas, seu trabalho era contestado pelos colegas de tribunal, especialmente sobre a legalidade das provas obtidas no curso das investigações.
De acordo com Eliana Calmon, Moreira Lima disse que seu trabalho estava sendo desqualificado pelo TRF. "Se minhas provas estão sendo desqualificadas, se estou me sacrificando à toa, eu estou saindo do processo", afirmou o juiz conforme Eliana Calmon.
O juiz federal que herdaria o caso, Leão Aparecido Alves, tem ligações pessoais com um dos investigados. Por isso, em entrevista à TV Anhanguera, ele afirmou que se declarou suspeito e que não assumirá os rumos da investigação.
Felipe Recondo, de O Estado de S.Paulo
19 de junho de 2012
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Carlos
Ayres Britto, afirmou serem de "gravidade incomum" e "qualificada" as ameaças
veladas feitas ao juiz federal Paulo Augusto Moreira Lima, que comandava o
processo contra o contraventor Carlinhos Cachoeira, e que o levaram a abandonar
o caso. "Não se pode ameaçar do ponto de vista físico, moral ou psicológico
nenhum julgador e sua família", afirmou.
André Dusek/AE
O presidente do STF Ayres Britto disse que
as ameaças veladas são qualificadas
"Não podemos ter juízes covardes, juízes ameaçados. Não podemos aceitar que ameaças veladas impeçam a magistratura de exercer suas funções", afirmou a ministra. "No dia que aceitarmos tal precedente, não teremos magistrados independentes", acrescentou.
À corregedora, o juiz federal Moreira Lima afirmou que, além das ameaças veladas, seu trabalho era contestado pelos colegas de tribunal, especialmente sobre a legalidade das provas obtidas no curso das investigações.
De acordo com Eliana Calmon, Moreira Lima disse que seu trabalho estava sendo desqualificado pelo TRF. "Se minhas provas estão sendo desqualificadas, se estou me sacrificando à toa, eu estou saindo do processo", afirmou o juiz conforme Eliana Calmon.
O juiz federal que herdaria o caso, Leão Aparecido Alves, tem ligações pessoais com um dos investigados. Por isso, em entrevista à TV Anhanguera, ele afirmou que se declarou suspeito e que não assumirá os rumos da investigação.
Felipe Recondo, de O Estado de S.Paulo
19 de junho de 2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário