Analisando-se objetivamente os resultados da pesquisa do Datafolha em torno das eleições para prefeitura de São Paulo, publicada pela Folha de São Paulo de segunda-feira, manchete principal da edição, verifica-se que, de um lado, é claro, o ex-presidente Lula acrescentou intenções de voto em Fernando Haddad. Mas de outro, o simples anúncio de que Paulo Maluf formaria ao lado do PT no rumo das urnas de outubro reduziu o efeito pleno do apoio. É o que, a primeira vista, pode-se deduzir dos números. O levantamento foi bem comentado na reportagem de Vagynaldo Marinheiro.
Ele chamou atenção para uma tendência do eleitorado em acompanhar o posicionamento do ex-presidente da República. Esta inclinação era de 44% em março.
Agora, em junho, semana passada, quando foi concluído o trabalho do Datafolha, desceu para 39 pontos.A única explicação é a entrada de Paulo Maluf no palco movimentando-se sob a bandeira tradicionalmente Vermelha do PT.
O apoio não se coaduna com a história nem de um, nem de outro. Lula e Maluf são adversários eternos. A ideologia, ou o que resta dela na versão de 2012, os separa.
O apoio do ex-prefeito, negociado à base de uma secretaria no Ministério das Cidades, retira mais votos de Haddad do que acrescenta. Aliás não acrescenta nada. Esta a verdade.
Não se pode interpretar a dança dos números de outra maneira. Que mais poderia amortecer a investida de Lula por seu candidato? Luis Inácio da Silva, capaz de adicionar 10 pontos ao ex-ministro da Educação, somou apenas 5 degraus. Muito pouco. Principalmente da parte de quem levou Dilma Rousseff à vitória, em 2010, por 56 a 44%, segundo turno contra Serra.
José Serra, na disputa pela Prefeitura da capital de São Paulo, estava com 30% das intenções de voto em março e, agora , junho, permanece no mesmo patamar. Tem uma rejeição de 32 pontos, mas aparentemente, ao longo da campanha, não vai subir ou descer. Com isso, ele assegura o visto no passaporte para o segundo turno. Mas quem será seu adversário no desfecho final de 28 de outubro? Aliás a única dúvida da sucessão municipal. Serra enfrentará Celso Russomano, do PRP, ou Fernando Haddad, do PT?
Parece lógica a alternativa. Pois em março e junho, enquanto Haddad subiu 5 pontos, Russomano evoluiu 2%. São impulsos ascendentes, como se constata. E tendências são marcantes em pesquisas eleitorais. Quem desce revela não estar no páreo. É o caso de Paulo Pereira da Silva, que recuou de 8 para 5. De Netinho de Paula, que desceu de 8 para 7. De Gabriel Chalita que recuou de7 para 6.
Soninha, do PPS, ao contrário, avançou de 7 para 8. Mas encontra-se muito longe. Difícil descontar a diferença que a separa principalmente de Russomano, embora esteja empatada com Fernando Haddad. É preciso considerar porém, que Lula vai aparecer intensamente no horário de propaganda eleitoral e sua atuação vai produzir um efeito, sem dúvida alguma, maior do que o que conseguiu até a semana passada.
Soninha não possui peso, tampouco vôo próprio, para poder se confrontar com o ex-presidente da República na tela mágica, espécie de corredor de cristal para a hora do voto na urna. O Datafolha achou uma parcela de 12% reunindo os indecisos e os que não votam em qualquer dos candidatos. Minha longa experiência em matéria de povo e voto, título de um livro meu, me conduz à certeza de que, no máximo, esses 12 pontos caem para 7%. Portanto, nessa faixa, a disponibilidade é apenas de 5 pontos.
Este o panorama geral de hoje. Russomano ou Haddad, o adversário de Serra? Se valesse a força de Lula, seria o ex-ministro da Educação. Mas acontece que a vice Luiza Erundina, sua companheira de chapa, reage negativamente à figura de Maluf na jornada eleitoral. Numa divisão assim, fica difícil. Para o PT.
Ele chamou atenção para uma tendência do eleitorado em acompanhar o posicionamento do ex-presidente da República. Esta inclinação era de 44% em março.
Agora, em junho, semana passada, quando foi concluído o trabalho do Datafolha, desceu para 39 pontos.A única explicação é a entrada de Paulo Maluf no palco movimentando-se sob a bandeira tradicionalmente Vermelha do PT.
O apoio não se coaduna com a história nem de um, nem de outro. Lula e Maluf são adversários eternos. A ideologia, ou o que resta dela na versão de 2012, os separa.
O apoio do ex-prefeito, negociado à base de uma secretaria no Ministério das Cidades, retira mais votos de Haddad do que acrescenta. Aliás não acrescenta nada. Esta a verdade.
Não se pode interpretar a dança dos números de outra maneira. Que mais poderia amortecer a investida de Lula por seu candidato? Luis Inácio da Silva, capaz de adicionar 10 pontos ao ex-ministro da Educação, somou apenas 5 degraus. Muito pouco. Principalmente da parte de quem levou Dilma Rousseff à vitória, em 2010, por 56 a 44%, segundo turno contra Serra.
José Serra, na disputa pela Prefeitura da capital de São Paulo, estava com 30% das intenções de voto em março e, agora , junho, permanece no mesmo patamar. Tem uma rejeição de 32 pontos, mas aparentemente, ao longo da campanha, não vai subir ou descer. Com isso, ele assegura o visto no passaporte para o segundo turno. Mas quem será seu adversário no desfecho final de 28 de outubro? Aliás a única dúvida da sucessão municipal. Serra enfrentará Celso Russomano, do PRP, ou Fernando Haddad, do PT?
Parece lógica a alternativa. Pois em março e junho, enquanto Haddad subiu 5 pontos, Russomano evoluiu 2%. São impulsos ascendentes, como se constata. E tendências são marcantes em pesquisas eleitorais. Quem desce revela não estar no páreo. É o caso de Paulo Pereira da Silva, que recuou de 8 para 5. De Netinho de Paula, que desceu de 8 para 7. De Gabriel Chalita que recuou de7 para 6.
Soninha, do PPS, ao contrário, avançou de 7 para 8. Mas encontra-se muito longe. Difícil descontar a diferença que a separa principalmente de Russomano, embora esteja empatada com Fernando Haddad. É preciso considerar porém, que Lula vai aparecer intensamente no horário de propaganda eleitoral e sua atuação vai produzir um efeito, sem dúvida alguma, maior do que o que conseguiu até a semana passada.
Soninha não possui peso, tampouco vôo próprio, para poder se confrontar com o ex-presidente da República na tela mágica, espécie de corredor de cristal para a hora do voto na urna. O Datafolha achou uma parcela de 12% reunindo os indecisos e os que não votam em qualquer dos candidatos. Minha longa experiência em matéria de povo e voto, título de um livro meu, me conduz à certeza de que, no máximo, esses 12 pontos caem para 7%. Portanto, nessa faixa, a disponibilidade é apenas de 5 pontos.
Este o panorama geral de hoje. Russomano ou Haddad, o adversário de Serra? Se valesse a força de Lula, seria o ex-ministro da Educação. Mas acontece que a vice Luiza Erundina, sua companheira de chapa, reage negativamente à figura de Maluf na jornada eleitoral. Numa divisão assim, fica difícil. Para o PT.
Pedro do Coutto
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