"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



domingo, 3 de junho de 2012

FAO FAZ ADVERTÊNCIA SOBRE OS PERIGOS DA DESNUTRIÇÃO NO MUNDO

ROMA -O fenômeno da desnutrição afeta uma em cada sete pessoas no planeta, com um impacto negativo sobre o desenvolvimento sostenible, advertiu a Organização de Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO).

Segundo um relatório dirigido à Cúpula do Rio prevista no mês próximo, o organismo assinalou que centenas de milhões de pessoas passam fome porque carecem dos meios para produzir ou adquirir os alimentos necessários com vistas a uma vida sã e produtiva.
O Diretor Geral da FAO, José Graziano da Silva, indicou que o encontro do Brasil oferece “uma oportunidade inestimável para estudar a convergência entre os programas da segurança alimentar e a sustentabilidade”.

O estudo da entidade assegurou que resulta indispensável melhorar os sistemas agrícolas e alimentares para que o mundo tenha uma população mais saudável e ecossistemas mais sãos.

Sob o título de “Para o futuro que queremos: pôr fim à fome e fazer a transição para sistemas agrícolas e alimentares sustentáveis”, o relatório instou aos governos a estabelecer e proteger os direitos aos recursos, especialmente para os pobres.

Assim mesmo, chamou a incorporar incentivos para o consumo e a produção sustentáveis, promover mercados agrícolas e de alimentos justos, reduzir os riscos e investir recursos públicos em bens públicos essenciais, especialmente inovação e infraestrutura.

A FAO estimou que as perdas e o desperdício de alimentos ascende a 1 bilhão 300 milhões de toneladas ao ano, equivalentes a uma terceira parte da produção mundial para consumo humano.

Daí a importância de passar a “regimes alimentares nutritivos que tenham uma impressão ecológica menor, e reduzir as perdas ao longo de toda a rede alimentar”, acrescentou o organismo.

Pela parte da produção, é necessário enfrentar o esgotamento dos solos, a água e os nutrientes, as emissões de gases de efeito estufa, a contaminação e a degradação dos ecossistemas naturais, assinalou o relatório.

Os objetivos e temas da Conferência Rio+20, fixados por uma resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas, apontam a fortalecer o compromisso com o desenvolvimento sustentável.

(Transcrito da Prensa Latina)

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