"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 16 de junho de 2012

HISTÓRIAS DO JORNALISTA SEBASTIÃO NERY

A BRIGA DE ITAMAR E FHCCEm 63, um grupo de militares esquerdistas preparou uma armadilha para seqüestrar Carlos Lacerda, governador da Guanabara, quando fosse visitar um hospital no Rio. Um coronel do Exército (paraquedista) soube, foi lá sozinho, enfrentou, impediu.

Em 68, ele disse a um grupo de deputados, inclusive seu amigo Djalma Marinho, que não deviam intimidar-se, mas resistir e não aprovar a licença para processar o deputado Márcio Moreira Alves por agressão aos militares.

Veio o AI-5 e ele foi cassado, humilhado e expulso do Exército.
Em 2002, quando morreu no Rio, em silêncio, o pianista, coronel e exemplar brasileiro Francisco Boaventura Cavalcanti, a grande imprensa não disse nada. A imprensa não sabia mais nada. Já tinha se transformado e só sabia puxar saco de governo.

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A PRIMEIRA BRIGA

Senadores e deputados perguntavam sempre quando e por que houve a primeira briga de Fernando Henrique com Itamar, antes da briga final, com a traição de FHC, que foi candidato em 94 jurando apoiar Itamar em 2002 e, mal assumiu o governo, começou a comprar a reeleição.

Antes disso, logo no começo do governo, em 93, mal Itamar assumiu e Fernando Henrique ainda era ministro do Exterior, ele quis que Sérgio Motta fosse nomeado presidente da Eletrobrás, para continuar a “operar” a caixinha do grupo dele e de José Serra, como fez antes na Eletropaulo.

Itamar, avisado por amigos paulistas, inclusive Mário Covas e Fernando Gasparian, não nomeou Serjão. Fernando Henrique e Serra não perdoaram Itamar, que era um político honesto, exemplar.
(Amanhã a gente fala do início do Caixa 2 do tucanato)

Sebastião Nery
16 de junho de 2012

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