Para apoiar Haddad, PSB impõe a idosa senhora Erundina a Lula
Em política, o rompimento definitivo é apenas um afastamento temporário à espera de uma conveniência capaz de definir a reconcialiação. Para Lula, patrono da candidatura de Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo, o conveniente chama-se, no momento, Luiza Erundina.
Isolado, Haddad perambula pela primeira quinzena de junho, o mês das convenções partidárias, com 3% nas pesquisas e nenhum aliado na coligação. Graças a Lula, o candidato petista deve quebrar o jejum de alianças nesta sexta (15). O PSB do governador pernambucano Eduardo Campos vai associar-se à sua caravana.
Em troca do apoio, o PSB impõe a deputada federal Luiza Erundina a Lula, indicando-a para a posição de vice na chapa de Haddad. A mesma Erundina que, em 1992, Lula ajudara a expurgar dos quadros do PT, nas pegadas do impeachment de Fernando Collor.
Vice de Collor, Itamar Franco foi à Presidência com um discurso de união nacional. Compôs um ministério pluripartidário. Convidou Erundina para a pasta da Administração Federal. Ela aceitou. Em reação, o PT suspendeu-lhe os direitos e deveres partidários por um ano.
Não era a primeira vez que Erundina, então ligada a uma corrente trotskista do PT, contrariava o grupo majoritário do partido. Em 1988, a filiada tóxica candidatara-se à prefeitura de São Paulo contra a vontade de Lula e José Dirceu, que apoiavam Plínio de Arruda Sampaio, hoje no PSOL. Aqui
Josias de Souza. uol.com
15 de junho ded 2012
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