O professor Hans-Werner Sinn, da Universidade de Munique, lembra a quem interessar possa que o Plano Marshall de reconstrução de uma Alemanha destruída pela 2a Guerra Mundial consistiu em empréstimos anuais equivalentes a 0,5% do PIB do país naquela época, durante quatro anos. Um total de 2% do PIB.
Aplicadas as mesmas proporções à Grécia de hoje, o resultado seria de aproximadamente $5 bilhões.
A Grécia recebeu, até agora, $575 bilhões entre ajuda direta, créditos específicos, compras de títulos pelo Banco Central Europeu e abatimentos em sua dívida, e ninguém ainda enxerga o fundo do buraco em que ela se atirou.
"São 115 Planos Marshall, 29 dos quais financiados pela Alemanha sozinha", diz o dr. Sinn.
Somadas, as operações de socorro a Grécia, Irlanda, Itália, Portugal e Espanha já alcançam $2,63 trilhões, $874 bilhões dos quais fornecidos só pela Alemanha.
E o resultado em termos de controle da crise continua sendo rigorosamente igual a zero. Mas como se o euro acabar a Alemanha deve perder $1,35 trilhão, equivalentes a 40% do seu PIB nos cálculos do professor, deve vir mais por aí, apesar de toda a chiadeira.
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