O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), embolsou R$ 24 mil
doados para seu antigo partido, o PC do B, durante jantar de arrecadação
realizado em 2005.
Os dados foram recebidos pela CPI do Cachoeira, que investiga o petista e quebrou seu sigilo bancário. Três doadores ouvidos pela Folha, entre eles amigos de Agnelo, dizem que deram o dinheiro para o partido ou para campanhas, e não para o então ministro do Esporte.
Eles se mostraram surpresos com a informação de que os cheques foram depositados na conta de Agnelo. Ao todo, foram descontados 11 cheques, com valores entre R$ 1.000 e R$ 2.500.
“A assessoria dele disse que eram só 100 pessoas [no jantar], fiquei me sentindo importante e acabei pagando. Foi [servido] picadinho, até achei ruim. Por R$ 2.500 eu achei que ia ter camarão e lagosta”, disse o médico Ivan Castelli.
O também médico Paulo Lobo Júnior confirmou a contribuição no jantar, mas disse que achava que o dinheiro era para o partido.
“Eu nunca emiti nenhum cheque para o Agnelo, nunca depositei nada para o Agnelo”, afirmou Lobo Júnior, que afirma também contribuir com outras legendas.
Castelo e um outro doador disseram terem sido convidados para um jantar de arrecadação de campanha eleitoral.
Parte dos emitentes dos cheques descontados por Agnelo eram subordinados a ele no Ministério do Esporte. O porta-voz do governador, Ugo Braga, disse que eles foram ao jantar por serem do círculo próximo do então ministro.
O jantar foi realizado no Clube de Golfe de Brasília às vésperas do 11ë Congresso Nacional do PC do B, realizado entre os dias 20 e 23 de outubro de 2005, na capital. Os cheques foram descontados no dia da abertura do evento.
À época, Agnelo era uma das estrelas do partido. Em 2006, perdeu na disputa pelo Senado e em 2010, já no PT, elegeu-se governador do DF.
27 de agosto de 2012
Filipe Coutinho e Breno Costa (Folha)
Os dados foram recebidos pela CPI do Cachoeira, que investiga o petista e quebrou seu sigilo bancário. Três doadores ouvidos pela Folha, entre eles amigos de Agnelo, dizem que deram o dinheiro para o partido ou para campanhas, e não para o então ministro do Esporte.
Eles se mostraram surpresos com a informação de que os cheques foram depositados na conta de Agnelo. Ao todo, foram descontados 11 cheques, com valores entre R$ 1.000 e R$ 2.500.
“A assessoria dele disse que eram só 100 pessoas [no jantar], fiquei me sentindo importante e acabei pagando. Foi [servido] picadinho, até achei ruim. Por R$ 2.500 eu achei que ia ter camarão e lagosta”, disse o médico Ivan Castelli.
O também médico Paulo Lobo Júnior confirmou a contribuição no jantar, mas disse que achava que o dinheiro era para o partido.
“Eu nunca emiti nenhum cheque para o Agnelo, nunca depositei nada para o Agnelo”, afirmou Lobo Júnior, que afirma também contribuir com outras legendas.
Castelo e um outro doador disseram terem sido convidados para um jantar de arrecadação de campanha eleitoral.
Parte dos emitentes dos cheques descontados por Agnelo eram subordinados a ele no Ministério do Esporte. O porta-voz do governador, Ugo Braga, disse que eles foram ao jantar por serem do círculo próximo do então ministro.
O jantar foi realizado no Clube de Golfe de Brasília às vésperas do 11ë Congresso Nacional do PC do B, realizado entre os dias 20 e 23 de outubro de 2005, na capital. Os cheques foram descontados no dia da abertura do evento.
À época, Agnelo era uma das estrelas do partido. Em 2006, perdeu na disputa pelo Senado e em 2010, já no PT, elegeu-se governador do DF.
27 de agosto de 2012
Filipe Coutinho e Breno Costa (Folha)
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