LONDRES – E então vejo jovens lideranças políticas surgindo em várias partes. Nesta semana, fiquei particularmente impressionado com Marina Weisband, 24 anos, do Partido Pirata da Alemanha.
Marina, a pirata alemã
Vi uma longa entrevista com ela numa emissora alemã e, se não fosse um homem já experiente, ficaria de queixo caído. (A entrevista foi em inglês.) Marina, judia ucraniana praticante, foi com os pais para a Alemanha depois da desintegração da União Soviética. Tinha nove anos. Hoje é uma celebridade política na Alemanha.
O Partido Pirata está em vários países da Europa. É como um clube internacional. Apareceu na Suécia, em 2006, pelas mãos de um jovem brilhante, Richard Falkvinge, e se espalhou por várias partes. Tem sido um sucesso eleitoral. Conquistou assentos em muitos parlamentos europeus. Cresce vigorosamente. É visto como o fato novo da política, formado por gente de mente aberta que não é mais do mesmo.
O Pirata do nome foi uma forma que seus fundadores na Suécia encontraram de desmistificar a palavra “pirata” no mundo digital. Mais ou menos como os homossexuais americanos fizeram ao adotar o termo “gay” para subtrair a carga pejorativa.
O partido defende, essencialmente, acesso livre e universal das pessoas às informações. Demanda, também, transparência dos governos. Os piratas combatem também o que julgam ser a invasão de privacidade dos governos e das corporações nas vidas privadas dos cidadãos por meio da tecnologia.
“Na geração dos nossos pais, as pessoas podiam sentar numa mesa e conversar sem que ninguém soubesse o que elas falavam falando”, diz Falkvinge. “Queremos a mesma privacidade hoje, quando a comunicação mudou e se dá quase sempre pela internet.”
Empresas como o Facebook e o Google têm uma quantidade enorme de informações pessoais de você sem que você provavelmente faça ideia. Governos monitoram emails pessoais e sites em nome de coisas que ninguém sabe quais são exatamente. Os piratas são contra tudo isso.
###
NOVO CICLO POLÍTICO
Falkvinge faz uma digressão histórica interessante. Segundo ele, a cada quarenta anos se abre um novo ciclo na política. Quarenta anos atrás, foram os verdes que chegaram. Oitenta anos atrás, o que hoje é conhecido como social-democracia. Cento e vinte anos atrás, os holofotes estavam nos adeptos do livre mercado.
Direito autoral é um ponto controverso na plataforma pirata. Eles reconhecem que o autor tem que ser remunerado. Mas entendem que uma vez que você, suponhamos, paga por uma música na internet pode passá-la por cópia a quem quiser.
Lembra na faculdade, quando você mimeograva um livro da biblioteca ou de um amigo? “Copiar sempre foi um hábito na história da humanidade”, diz Marina. Ela mora com o namorado, e se afastou momentaneamente do cargo de porta-voz do partido depois de um estresse. Está se dedicando integralmente à conclusão dos seus estudos na área da psicologia.
No final da entrevista que vi com Marina, apareciam perguntas que pediam respostas curtas. Gostei de uma, em especial. “Política: problema ou solução?” Marina não hesitou: “Solução”.
Clap, clap, clap.
Política existe para que se resolvam problemas. Quando as pessoas de boa fé perdem a fé na política e se afastam dela, acabam sem se dar conta passando o controle de sua vida para vigaristas que em nome do “interesse público” rapinarão a sociedade.
Marina, a pirata alemã
Vi uma longa entrevista com ela numa emissora alemã e, se não fosse um homem já experiente, ficaria de queixo caído. (A entrevista foi em inglês.) Marina, judia ucraniana praticante, foi com os pais para a Alemanha depois da desintegração da União Soviética. Tinha nove anos. Hoje é uma celebridade política na Alemanha.
O Partido Pirata está em vários países da Europa. É como um clube internacional. Apareceu na Suécia, em 2006, pelas mãos de um jovem brilhante, Richard Falkvinge, e se espalhou por várias partes. Tem sido um sucesso eleitoral. Conquistou assentos em muitos parlamentos europeus. Cresce vigorosamente. É visto como o fato novo da política, formado por gente de mente aberta que não é mais do mesmo.
O Pirata do nome foi uma forma que seus fundadores na Suécia encontraram de desmistificar a palavra “pirata” no mundo digital. Mais ou menos como os homossexuais americanos fizeram ao adotar o termo “gay” para subtrair a carga pejorativa.
O partido defende, essencialmente, acesso livre e universal das pessoas às informações. Demanda, também, transparência dos governos. Os piratas combatem também o que julgam ser a invasão de privacidade dos governos e das corporações nas vidas privadas dos cidadãos por meio da tecnologia.
“Na geração dos nossos pais, as pessoas podiam sentar numa mesa e conversar sem que ninguém soubesse o que elas falavam falando”, diz Falkvinge. “Queremos a mesma privacidade hoje, quando a comunicação mudou e se dá quase sempre pela internet.”
Empresas como o Facebook e o Google têm uma quantidade enorme de informações pessoais de você sem que você provavelmente faça ideia. Governos monitoram emails pessoais e sites em nome de coisas que ninguém sabe quais são exatamente. Os piratas são contra tudo isso.
###
NOVO CICLO POLÍTICO
Falkvinge faz uma digressão histórica interessante. Segundo ele, a cada quarenta anos se abre um novo ciclo na política. Quarenta anos atrás, foram os verdes que chegaram. Oitenta anos atrás, o que hoje é conhecido como social-democracia. Cento e vinte anos atrás, os holofotes estavam nos adeptos do livre mercado.
Direito autoral é um ponto controverso na plataforma pirata. Eles reconhecem que o autor tem que ser remunerado. Mas entendem que uma vez que você, suponhamos, paga por uma música na internet pode passá-la por cópia a quem quiser.
Lembra na faculdade, quando você mimeograva um livro da biblioteca ou de um amigo? “Copiar sempre foi um hábito na história da humanidade”, diz Marina. Ela mora com o namorado, e se afastou momentaneamente do cargo de porta-voz do partido depois de um estresse. Está se dedicando integralmente à conclusão dos seus estudos na área da psicologia.
No final da entrevista que vi com Marina, apareciam perguntas que pediam respostas curtas. Gostei de uma, em especial. “Política: problema ou solução?” Marina não hesitou: “Solução”.
Clap, clap, clap.
Política existe para que se resolvam problemas. Quando as pessoas de boa fé perdem a fé na política e se afastam dela, acabam sem se dar conta passando o controle de sua vida para vigaristas que em nome do “interesse público” rapinarão a sociedade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário