"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 13 de setembro de 2012

SINDICATO PETRALHA DO CRIME JÁ TEME QUE CACHOEIRA USE DELAÇÃO PREMIADA PARA ATINGIR MENSALEIROS DO PT

 

A petralhada tem um pavor igual ou maior que uma quase certa condenação com direito à prisão no julgamento do Mensalão. O arquivo vivo do contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos pode ser escancarado para revelar suas ligações com poderosas figuras da cúpula do PT. Em silêncio forçado desde que foi preso em 29 de fevereiro, Carlinhos Cachoeira pode soltar o verbo para comprometer poderosos figurões, caso feche um acordo de delação premiada com a Justiça.

O risco de Cachoeira revelar o máximo que sabe, certamente para prejudicar aqueles que lhe viraram as costas recentemente, é altíssimo. Cachoeira teria gravações comprometedoras de suas negociações com aliados. Dossiês com tamanho poder de detonação instantânea podem vazar na mídia a qualquer momento, dependendo de quem seja interessante atingir – principalmente no atual governo. As bombas podem estourar até o final do julgamento do mensalão no STF. Este seria uma espécie de “seguro de vida” de Cachoeira – que teme sofrer algo de ruim na cadeia.

Mesmo que não faça vazar tão explosivos vídeos comprometedores, Cachoeira também pode falar seguindo uma tática do advogado que está contratando: Ricardo Sayeg – conhecido adepto da delação premiada como forma de reduzir penas. Cachoeira nãose conforma de ter torrado uns R$ 15 milhões com os honorários ao criminalista Márcio Thomaz Bastos – que abandonou o caso depois que a bela companheira de Cachoeira, Andressa Mendonça, aparentemente sem provas concretas, foi acusada de chantagear um juiz federal para soltá-lo.

Aliado dos petistas, o ex-ministro da Justiça na gestão Lula era visto como uma espécie de torneira de segurança para que o cliente Cachoeira mantivesse o máximo de silêncio para não comprometer gente poderosa. Se Cachoeira romper o silêncio, o gravíssimo Mensalão pode ser superado por escândalos ainda maiores que podem abalar e provocar até a queda do “Sindicato Petralha do Crime”.


Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.

13 de setembro de 2012
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

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