"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 3 de outubro de 2012

IMAGINAR É PRECISO


Hoje, Brasil e Argentina fazem mais um amistoso, que não faz parte das datas reservadas pela Fifa para as seleções. Esse jogo serve mais para piorar o calendário ruim e atender aos interesses comerciais. Anunciam a partida como se fosse importantíssima, o Superclássico das Américas, sem dizer que é apenas com jogadores que atuam nos dois países. A Argentina leva desvantagem, porque não tem um único titular da seleção principal em campo hoje.



O Corinthians, com Romarinho, Martinez e Guerrero, deve ficar melhor que o time da
Libertadores. Não será surpresa se ganhar do Chelsea.


As frequentes vitórias do Fluminense por um gol de diferença são mais méritos de um time que se defende bem, quando faz um gol na frente, do que uma deficiência tática, por recuar demais a equipe.

Tempos atrás, quando todos esperavam a ida de Neymar para a Europa, escrevi que, apesar de não ter nenhuma informação, imaginava que haveria um grande acordo nacional, mesmo subjetivo, para mantê-lo até a Copa. Participariam o jogador, seu pai, os presidentes do Santos e da CBF, Pelé, o comitê da Copa, empresários e marqueteiros. Neymar seria o garoto-propaganda do Mundial. Foi o que ocorreu.

Hoje, com grandes chances de errar, imagino, apesar de não ter nenhuma informação, o fim do acordo e a ida do jogador, no início do ano, para o Barcelona. O Santos teria percebido o óbvio, que não vai disputar a Libertadores de 2013, e que Neymar, como já ocorre, vai ficar muito tempo à disposição da CBF. O clube teria acordado para a realidade de que, após a Copa, Neymar estará livre, e que o Santos não vai receber um centavo por sua transferência.

Imagino também que Neymar, cansado de carregar o Santos nas costas, decidiu jogar ao lado e contra os melhores do mundo.

De Neymar, passo para Kaká. Continuo imaginando, pelo que vi nas poucas vezes em que Kaká jogou pelo Real Madrid, que ele, fora Real e Barcelona, seria titular e destaque em qualquer time, incluindo a seleção brasileira. Só não posso imaginar como ele estará na Copa do Mundo. Aí, passaria a ser um vidente.

Imagino ainda que Mano Menezes vá escalar Kaká, nos jogos contra Iraque e Japão, mais à frente e ao lado de Neymar e Hulk (ou Lucas). Serão três atacantes, sem um centroavante fixo. Oscar seria o terceiro jogador de meio-campo. Kaká, por suas características, sempre foi um meia-atacante, ponta de lança, que apenas volta para receber a bola e, daí, parte em direção ao gol. Ele é um armador apenas no desenho tático, para aparecer na televisão.

Tenho muitas imaginações e nenhuma certeza. Acredito mais na imaginação, na subjetividade, no que ainda não é, mas que poderá ser, do que em verdades racionalizadas e impostas.

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ESPERANÇA


No segundo tempo contra o Inter, o Cruzeiro melhorou, com uma formação mais ofensiva, com Leandro Guerreiro de volante, Souza de um lado, Marcelo Oliveira do outro, os dois com funções ofensivas e defensivas, Montillo, Borges e o estreante Martinuccio mais pela esquerda. Tinga no lugar de Marcelo Oliveira, fica melhor. Mas, sábado, fora de casa, contra o Grêmio, o mais provável é a escalação de um time mais defensivo e de muita marcação.

O supersticioso e psicólogo Cuca já achou a causa da queda do Atlético: o triste mês de setembro. Em outubro, tudo voltará ao que era. Não sei se Cuca falou isso por superstição ou para motivar o grupo. Pode ser uma boa medida, já que jogadores de futebol são extremamente supersticiosos.

03 de outubro de 2012
Tostão (O tempo)

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