Sempre que um palavrão entra num debate qualquer, a temperatura sobe e fica mais difícil chegar a uma solução harmônica. O palavrão desta semana é DOSIMETRIA. Algo que teria mais a ver com a repartição de pós e de líquidos que nos tempos de antanho caracterizavam o que se chamava de aviar uma receita.
Pois desde segunda-feira o Supremo Tribunal Federal dedica-se definir as penas para 25 mensaleiros considerados culpados, mas a expressão DOSIMETRIA só exprime confusão, bate-cabeças e uma prova adicional de que o Judiciário encontra-se a milhas de distância da sociedade.
Pretende-se da mais alta corte nacional do justiça que exercite a própria, ou seja, a Justiça. Depois de meses de julgamento, seus ministros chegaram à conclusão da culpa de uma quadrilha de bandidos que desonrou o poder público e as atividades privadas.
Mesmo discutindo-se a absolvição de alguns, devemos aceitar a decisão de nosso maiores juízes, pela condenação dos outros.
Pois é. Na hora de fixarem as penas para os bandidos, amplia-se a confusão. O ministro-relator pede punição para o primeiro dos réus, Marcos Valério. O ministro-revisor concorda mas luta para reduzir o tempo de reclusão de seus clientes.
Parece briga entre dona Mariquinhas e dona Maricota. Só que a querela entre as duas solteironas contagiou o plenário. Nem terça-feira nem ontem o processo andou. Imagine-se quanto tempo levará até que todos tenham recebido suas sentenças.
Vem aí o recesso do Supremo, o Natal, o Ano Novo, depois o Carnaval, a Semana Santa, as festas de São João…
Tudo por conta de uma palavra até pouco desconhecida: DOSIMETRIA. A distância entre o Brasil Real e o Brasil Formal amplia-se a cada dia. Logo os plebeus irão para o alto de um monte qualquer e não haverá patrício que dê jeito, mesmo vestido de torneiro-mecânico…
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SUCESSÃO NAS SOMBRAS
Tomara que ele chegue aos cem anos ou mais. O problema é que a natureza continua implacável. Um dia desses Bento XVI vai para o céu. Depois de um polonês e de um alemão, a lógica indica um italiano. São várias as hipóteses, mas, pela falta de um favorito, circula no Colégio dos Cardeais a possibilidade de um Papa do Terceiro Mundo.
Jamais um dos salvados da Teoria da Libertação, mas alguém que exprima obediência ao Vaticano e uma nova concepção do mundo.
O Brasil ocupa seus espaços. D. Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, e D. Raimundo Damasceno, arcebispo de Aparecida, constituem duas hipóteses. Ambos foram secretários-gerais da CNBB e tiveram atuação exemplar, cada um com suas características. Um Papa brasileiro colocaria nosso país nas nuvens.
Pois desde segunda-feira o Supremo Tribunal Federal dedica-se definir as penas para 25 mensaleiros considerados culpados, mas a expressão DOSIMETRIA só exprime confusão, bate-cabeças e uma prova adicional de que o Judiciário encontra-se a milhas de distância da sociedade.
Pretende-se da mais alta corte nacional do justiça que exercite a própria, ou seja, a Justiça. Depois de meses de julgamento, seus ministros chegaram à conclusão da culpa de uma quadrilha de bandidos que desonrou o poder público e as atividades privadas.
Mesmo discutindo-se a absolvição de alguns, devemos aceitar a decisão de nosso maiores juízes, pela condenação dos outros.
Pois é. Na hora de fixarem as penas para os bandidos, amplia-se a confusão. O ministro-relator pede punição para o primeiro dos réus, Marcos Valério. O ministro-revisor concorda mas luta para reduzir o tempo de reclusão de seus clientes.
Parece briga entre dona Mariquinhas e dona Maricota. Só que a querela entre as duas solteironas contagiou o plenário. Nem terça-feira nem ontem o processo andou. Imagine-se quanto tempo levará até que todos tenham recebido suas sentenças.
Vem aí o recesso do Supremo, o Natal, o Ano Novo, depois o Carnaval, a Semana Santa, as festas de São João…
Tudo por conta de uma palavra até pouco desconhecida: DOSIMETRIA. A distância entre o Brasil Real e o Brasil Formal amplia-se a cada dia. Logo os plebeus irão para o alto de um monte qualquer e não haverá patrício que dê jeito, mesmo vestido de torneiro-mecânico…
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SUCESSÃO NAS SOMBRAS
Tomara que ele chegue aos cem anos ou mais. O problema é que a natureza continua implacável. Um dia desses Bento XVI vai para o céu. Depois de um polonês e de um alemão, a lógica indica um italiano. São várias as hipóteses, mas, pela falta de um favorito, circula no Colégio dos Cardeais a possibilidade de um Papa do Terceiro Mundo.
Jamais um dos salvados da Teoria da Libertação, mas alguém que exprima obediência ao Vaticano e uma nova concepção do mundo.
O Brasil ocupa seus espaços. D. Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, e D. Raimundo Damasceno, arcebispo de Aparecida, constituem duas hipóteses. Ambos foram secretários-gerais da CNBB e tiveram atuação exemplar, cada um com suas características. Um Papa brasileiro colocaria nosso país nas nuvens.
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