Brasse tirou 50 mil fotos durante os cinco anos que passou no campo de concentração
VARSÓVIA — Wilhelm Brasse, ex-prisioneiro de Auschwitz cujas fotografias do interior do campo de morte nazista forneceram um registro histórico arrepiante dos horrores cometidos no local, morreu ao 95 anos, disse uma historiadora do Museu Auschwitz, nesta quarta-feira. Brasse foi enviado ao campo depois de ser pego em 1940 tentando fugir da Polônia ocupada pelos nazistas para se unir aos militares poloneses no exílio.
Quando seus carcereiros de Auschwitz descobriram que ele era um fotógrafo experiente, determinaram que tirasse fotos dos prisioneiros para os arquivos internos da prisão e para registrar as visitas dos oficiais alemães do alto escalão para a posteridade. Brasse - que trabalhava em um setor em que tinha de arrastar os corpos das câmaras de gás para serem incinerados - também recebeu ordens de tirar fotos das experiências médicas nos presos.
- Ele tentou voltar para a fotografia (depois da guerra), mas era muito difícil para ele - disse a historiadora do museu de Auschwitz Teresa Wontor-Cichy. - O fato de ter tirado tais fotos era perturbador para ele.
Durante os cinco anos que passou no campo, Brasse tirou cerca de 50 mil fotos, das quais quase 40 mil estão intactas. O fotógrafo, que tinha ascendência austríaca e polonesa, foi ativo na montagem do museu de Auschwitz e passou os anos depois da guerra ajudando a educar jovens, em especial alemães, sobre o holocausto.
Os nazistas mataram 1,5 milhão de pessoas, a maioria judeus, em Auschwitz, um campo situado perto do vilarejo polonês de Oswiecim. Entre os poucos registros fotográficos do campo da morte, as fotos de Brasse foram recuperadas dos arquivos nazistas no fim da 2ª Guerra Mundial e agora são uma peça-chave nas exposições do museu.
Em 2005, o diretor polonês Irek Dobrowolski lançou um documentário sobre a vida de Brasse, chamado “O Retratista”. O fotógrafo será enterrado na quinta-feira na cidade de Zywiec, no sul da Polônia.
24 de outubro de 2012
O GLOBO com Reuters
VARSÓVIA — Wilhelm Brasse, ex-prisioneiro de Auschwitz cujas fotografias do interior do campo de morte nazista forneceram um registro histórico arrepiante dos horrores cometidos no local, morreu ao 95 anos, disse uma historiadora do Museu Auschwitz, nesta quarta-feira. Brasse foi enviado ao campo depois de ser pego em 1940 tentando fugir da Polônia ocupada pelos nazistas para se unir aos militares poloneses no exílio.
Quando seus carcereiros de Auschwitz descobriram que ele era um fotógrafo experiente, determinaram que tirasse fotos dos prisioneiros para os arquivos internos da prisão e para registrar as visitas dos oficiais alemães do alto escalão para a posteridade. Brasse - que trabalhava em um setor em que tinha de arrastar os corpos das câmaras de gás para serem incinerados - também recebeu ordens de tirar fotos das experiências médicas nos presos.
- Ele tentou voltar para a fotografia (depois da guerra), mas era muito difícil para ele - disse a historiadora do museu de Auschwitz Teresa Wontor-Cichy. - O fato de ter tirado tais fotos era perturbador para ele.
Durante os cinco anos que passou no campo, Brasse tirou cerca de 50 mil fotos, das quais quase 40 mil estão intactas. O fotógrafo, que tinha ascendência austríaca e polonesa, foi ativo na montagem do museu de Auschwitz e passou os anos depois da guerra ajudando a educar jovens, em especial alemães, sobre o holocausto.
Os nazistas mataram 1,5 milhão de pessoas, a maioria judeus, em Auschwitz, um campo situado perto do vilarejo polonês de Oswiecim. Entre os poucos registros fotográficos do campo da morte, as fotos de Brasse foram recuperadas dos arquivos nazistas no fim da 2ª Guerra Mundial e agora são uma peça-chave nas exposições do museu.
Em 2005, o diretor polonês Irek Dobrowolski lançou um documentário sobre a vida de Brasse, chamado “O Retratista”. O fotógrafo será enterrado na quinta-feira na cidade de Zywiec, no sul da Polônia.
24 de outubro de 2012
O GLOBO com Reuters
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