"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

INFLAÇÃO OFICIAL FICA EM 0,60% EM NOVEMBRO, APONTA IBGE

No acumulado do ano, IPCA registra alta de 5,01%. Em 12 meses, indicador ficou em 5,53%.

A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), teve leve avanço ao passar de 0,59% em outubro para 0,60% em novembro, informou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Trata-se da maior variação desde abril passado, quando subiu 0,64%, e ficou acima do esperado pelo mercado, que enxergava uma desaceleração.

Com o resultado do mês, o índice usado para balizar a meta de inflação perseguida pelo Banco Central acumula alta de 5,01% no ano, bem abaixo dos 5,97% registrados em igual período do ano anterior, e também abaixo da meta do governo de 4,5%.

Considerando os últimos doze meses, o índice situou-se em 5,53%, acima dos 5,45% relativos aos
doze meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2011 a taxa havia ficado em 0,52%.

O resultado do mês passado veio dos grupos não-alimentícios, com destaque para transportes, cujos preços subiram 0,68%, ante 0,24% de outubro. O grupo habitação também mostrou aceleração da alta, fechando o mês passado a 0,64%, ante 0,38%.


Já a alta de preços no grupo de alimentação e bebidas, como esperado, perdeu força em novembro,
fechando a 0,79%, ante 1,36% do mês anterior.

A subida menor dos alimentos tem duas explicações, segundo Eulina Nunes, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE. Primeiro,o clima melhor, não só aqui como no mundo todo e o aumento de estoques com o reajuste de alguns alimentos, como o arroz, por exemplo, que já vem subindo menos. Em novembro, a alta foi de 4,05%, menos da metade do reajuste de outubro de 9,88%


Houve também queda na demanda, como nas carnes. O setor tem reclamado. recuo na demanda tem reflexo nos preços. As carnes subiram 2,36% em novembro, contra alta de 3,50% em outubro. No ano, esse grupo de alimentos ficou 35,06% mais caro.

Apesar de os alimentos terem perdido força em novembro, saindo de uma participação de 54% no índice em outubro para 32% no mês passado, o item responde pela maior parte da inflação no acumulado do ano. Segundo o IBGE, dos 5,01% da taxa acumulada em 2012, a alimentação contribuiu com 40,3% do índice, com alta até novembro de 8,74%.

Passagens responderam por 10% da inflação

O reajuste das passagens aéreas em novembro de 11,80% foi responsável por 10% de toda a inflação registrada no mês de 0,60%. De acordo com a técnica do IBGE, dois fatores explicaram a alta: o excesso de feriados no mês que fez aumentar a procura e a alta de mais de 12% no querosene de aviação.

Vamos ver no próximo mês se essa alta foi pontual ou não.
No grupo transportes, a gasolina a também exerceu forte influência, com alta de 1,18% numa despesa que pesa 3,87% no orçamento das famílias. Mas a subida foi concentrada em três regiões metropolitanas: Curitiba, Fortaleza e Salvador. Na primeira, o reajuste chegou a 12,71%.
Com essa subida, não há mais muita diferença nos preços médios entre as regiões. Houve fiscalização maior nos postos em Curitiba, o que também ajudou a aumentar o preço afirmou Eulina.

Serviços exerceram forte influência no IPCA

No grupo de itens com os maiores impactos no ano, a grande maioria é de serviços. Esse grupo de despesas subiu 7,68% no ano contra 5,01% da inflação média. Estão entre os maiores impactos empregada doméstica, com alta de 11,81%, refeição fora de casa, 9,12%, aluguel (8,37%), cursos regulares (8,35%), plano de saúde (7,09%). Somente esses cinco itens responderam por 31% de toda a inflação do ano:

A taxa acelerou frente a outubro justamente pelas passagens aéreas e serviços pessoais. Esses serviços estão acima da inflação geral tanto no ano como em 12 meses (8,37%), pressionando a taxa do ano afirmou Eulina.
Em novembro, os serviços subiram 0,82%, bem acima dos 0,51% de outubro. Já os itens monitorados mantiveram a inflação mais baixa. Esse grupo subiu 3,32% no ano. Mesmo com a alta da gasolina em novembro, no ano o combustível está 0,59% mais barato. O telefone fixo também ficou 1,59% mais barato.Baixa renda

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias que ganham até cinco salários mínimos, subiu 0,54% em novembro frente a outubro, quando marcou 0,71%. No acumulado do ano, o INPC registra alta de 5,42%, enquanto que, em 12 meses, o indicador avança 5,95%.

Ontem, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou que o IPC-C1 seu indicador de inflação para a baixa renda famílias com rendimento de até 2,5 salários mínimos acumula alta de 7,16% em 12
meses terminados em novembro.

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