PT vê operação da PF e mensalão como tentativas de desgastar partido.. Executiva da legenda debateu politização do julgamento no STF e atuação de Joaquim Barbosa
O envolvimento do ex-presidente Lula no escândalo da Operação Porto Seguro e sua relação com a ex-chefe de gabinete do escritório da Presidência da República, em São Paulo, Rosemary Noronha, foi um dos assuntos discutidos na primeira parte da reunião do Diretório Nacional do PT, que aconteceu começou nesta sexta-feira e está prevista para terminar sábado em Brasília. Na discussão do texto base apresentado pela Executiva do partido, que trata da “politização” do julgamento do mensalão, os que se manifestaram subiram o tom nas críticas ao resultado e principalmente ao comportamento do presidente Joaquim Barbosa. Esse deverá ser o ponto central do documento que ainda passará por emendas, e será divulgado neste sábado.
Para o secretário nacional de Comunicação do PT, deputado André Vargas, Rosemary Noronha tem um papel secundário no esquema desbaratado pela Polícia Federal.
- O Lula e a Operação Porto Seguro foram discutidos dentro do contexto da criminalização e da busca do desgaste da imagem do PT - disse o ex-prefeito de Porto Alegre, Raul Pont.
A defesa de Lula foi feita no sentido de que ele não pode ser responsabilizado pelas ações de uma ex-assessora que tinha “papel secundário” no esquema da venda de pareceres desmontado pela Polícia Federal.
- Nenhum homem público pode, nem pessoa que está na atividade pública é responsável pelo que faz o seu assessor no exercício do mandato. Muito menos um ex-assessor. Por isso, nós não vamos comentar esse tipo procedimento. Nós apoiamos o procedimento da Polícia Federal e vamos aguardar as investigações e a conclusão. Porque nós também não podemos presumir, como se faz comumente, a culpa absoluta das pessoas. Está muito nítido, com o que se tem até então, que a própria Rosemary tem papel absolutamente secundário - disse o secretário nacional de Comunicação do PT, deputado André Vargas.
07 de dezembro de 2012
Maria Lima e Fernanda Krakovics - O Globo
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