“Não basta dizer, como o ministro Gilberto Carvalho, que o povo está
satisfeito com o bom governo de Lula e Dilma, enquanto a própria liderança do PT
recomenda ao relator da CPI do Cachoeira, o intimorato Odair Cunha, que retire
os halfos para o morrinho e Policarpo Jr. do rol dos passíveis de
indiciamento”, afirma Mino Carta, acrescentando:.
“E aí se apresenta o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, empenhado no esforço de demonstrar que não foi ignorado pela Polícia Federal no episódio destinado a exibir as mazelas do terceiro escalão governista. Notável protagonista, altamente representativo. Precioso aliado do banqueiro Daniel Dantas em determinadas ocasiões, como, de resto, muitos outros “esquerdistas” brasileiros. Ah, sim, Cardozo acha que Lula provou sua inocência no caso da secretária Rose e de suas consequências. Acha? Ainda bem. Soletra ele, diante das câmeras da tevê: “Imaginar que o ex-presidente estivesse envolvido por trás disso, está, a meu ver, desmentido”. A meu ver? Estivesse eu no lugar de Lula e de Dilma, viveria apavorado ao perceber este gênero de comandantes à frente do meu efetivo”.
“Estava sem óculos, não vi nada…”
DOMÍNIO DO FATO
No final do artigo, Mino Carta dá um recado direto à presidenta Dilma Rousseff, ressalvando que Carta Capital a apoiou e a apoia:
“Recomendamos a leitura de um dos mais qualificados arautos da direita golpista. Merval Pereira não se confunde com Carlos Lacerda, mas na semana passada avisou não ser o caso de isentar Dilma das denúncias de corrupção, presentes e passadas. Está clara a intenção de aplicar à presidenta a tese do domínio do fato”.
Mino Carta tem razão. É intrigante essa tese de Merval Pereira e merece reflexão. Até que ponto Dilma Rousseff possuía “domínio do fato” e tinha conhecimento das relações entre Lula e Rose?
Afinal, foi ela quem pilotou, na chefia da Casa Civil, a criação do Gabinete da Presidência da República em São Paulo, sem qualquer utilidade, exclusivamente para agradar Rose. Aliás, o tal Gabinete era tão desnecessário que a própria Dilma acaba de extingui-lo.
Ainda sobre “domínio do fato”:
Na chefia da Casa Civil e verdadeiramente comandando o governo anterior, conforme é público e notório, Dilma controlava tudo.
Não é concebível pensar que ela não soubesse das 24 viagens internacionais de Rose em companhia de Lula, especialmente porque a então chefe da Casa Civil esteve presente em várias delas.
Então, Dilma tinha ou não o domínio do fato?
###
ALMOÇO DO LULA
Ontem, em Paris, a presidente Dilma Rousseff almoçou com Lula em seu primeira dia de visita oficial à França. O encontro foi no hotel em que a presidente está hospedada, em Paris. Lula entrou e saiu do local por uma entrada lateral, sem falar com a imprensa.
Nem a assessoria da Presidência da República nem a de Lula deram detalhes do que os dois conversaram.
Mas a gente pode ter uma ideia sobre o principal assunto, não é mesmo?
11 de dezembro de 2012
Carlos Newton
“E aí se apresenta o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, empenhado no esforço de demonstrar que não foi ignorado pela Polícia Federal no episódio destinado a exibir as mazelas do terceiro escalão governista. Notável protagonista, altamente representativo. Precioso aliado do banqueiro Daniel Dantas em determinadas ocasiões, como, de resto, muitos outros “esquerdistas” brasileiros. Ah, sim, Cardozo acha que Lula provou sua inocência no caso da secretária Rose e de suas consequências. Acha? Ainda bem. Soletra ele, diante das câmeras da tevê: “Imaginar que o ex-presidente estivesse envolvido por trás disso, está, a meu ver, desmentido”. A meu ver? Estivesse eu no lugar de Lula e de Dilma, viveria apavorado ao perceber este gênero de comandantes à frente do meu efetivo”.
“Estava sem óculos, não vi nada…”
DOMÍNIO DO FATO
No final do artigo, Mino Carta dá um recado direto à presidenta Dilma Rousseff, ressalvando que Carta Capital a apoiou e a apoia:
“Recomendamos a leitura de um dos mais qualificados arautos da direita golpista. Merval Pereira não se confunde com Carlos Lacerda, mas na semana passada avisou não ser o caso de isentar Dilma das denúncias de corrupção, presentes e passadas. Está clara a intenção de aplicar à presidenta a tese do domínio do fato”.
Mino Carta tem razão. É intrigante essa tese de Merval Pereira e merece reflexão. Até que ponto Dilma Rousseff possuía “domínio do fato” e tinha conhecimento das relações entre Lula e Rose?
Afinal, foi ela quem pilotou, na chefia da Casa Civil, a criação do Gabinete da Presidência da República em São Paulo, sem qualquer utilidade, exclusivamente para agradar Rose. Aliás, o tal Gabinete era tão desnecessário que a própria Dilma acaba de extingui-lo.
Ainda sobre “domínio do fato”:
Na chefia da Casa Civil e verdadeiramente comandando o governo anterior, conforme é público e notório, Dilma controlava tudo.
Não é concebível pensar que ela não soubesse das 24 viagens internacionais de Rose em companhia de Lula, especialmente porque a então chefe da Casa Civil esteve presente em várias delas.
Então, Dilma tinha ou não o domínio do fato?
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ALMOÇO DO LULA
Ontem, em Paris, a presidente Dilma Rousseff almoçou com Lula em seu primeira dia de visita oficial à França. O encontro foi no hotel em que a presidente está hospedada, em Paris. Lula entrou e saiu do local por uma entrada lateral, sem falar com a imprensa.
Nem a assessoria da Presidência da República nem a de Lula deram detalhes do que os dois conversaram.
Mas a gente pode ter uma ideia sobre o principal assunto, não é mesmo?
11 de dezembro de 2012
Carlos Newton
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